O BILIONÁRIO CRIADOR DO LINKEDIN – A HISTÓRIA DE REID HOFFMAN

Uma das redes sociais mais utilizadas do mundo, o LinkedIn transformou a forma como as pessoas se relacionam quando o assunto é o mercado de trabalho. Recrutamento, Negociações ou até mesmo a promoção pessoal foram transformados graças a essa ferramenta que não para de crescer.

E o que hoje é um colosso digital surgiu a partir da inspiração de Reid Hoffman, um jovem que decidiu largar uma carreira acadêmica promissora para empreender.

Tá com preguiça de ler? Assista ao vídeo:

Nascido em 5 de Agosto de 1967, na cidade de Palo Alto, Califórnia, Reid Garrett Hoffman desde criança mostrou enorme aptidão para os estudos, sendo um aluno brilhante.

Ao deixar a Escola, ele conseguiu uma bolsa de estudos integral para estudar em Stanford, uma das Universidades mais prestigiadas do Mundo.

Por lá, ele se formou em Filosofia e Artes em 1990,  e depois completou um mestrado em Oxford na Inglaterra, no ano de 1993.

A formação acadêmica teve influência direta de seus pais, que além de advogados eram militantes de esquerda. E sob essas raízes, Hoffman sempre pensou em criar algo que pudesse causar impacto na vida das pessoas, e não somente repetir aquilo que aprendeu nos estudos formais.

Porém, apesar do brilhantismo escolar, Reid percebeu que o mundo acadêmico não era exatamente o ambiente em que ele queria ficar. E para completar, nas proximidades de sua cidade natal efervescia um mercado que parecia pronto para mudar o mundo por completo.

Por lá, no chamado Vale do Silício, várias empresas começam a apontar como seria o futuro, principalmente com a integração entre pessoas e computadores.

Percebendo essa tendência, o recém-formado Hoffman conseguiu um estágio em uma empresa de vinhos que estava começando a atuar no mercado digital; e pouco depois conseguiu um emprego na Apple, que vivia um momento turbulento, mas que seria uma excelente escola para ele.

Na gigante, ele aprendeu muito sobre a construção de softwares e como as empresas de tecnologia trabalhavam arduamente para participarem de uma revolução que estava em vias de acontecer.

Na maçã, ele participou de um projeto paralelo que funcionava exatamente como uma startup e que trabalhava em um site em que as pessoas podiam relacionar entre si, nos mesmos moldes do que hoje conhecemos como rede social. A iniciativa se chamava eWorld e durou dois anos, até ser vendida para a América Online em 1996.

Pouco tempo depois, ele rumou para outra gigante, a Fujitsu; onde ele ampliou seu leque de conhecimentos e percebeu que em poucos anos, os computadores não só ganhariam de vez a casa das pessoas; eles também estariam interconectados através da Internet; que estava deixando de ser algo para poucos entusiastas e caminhava rapidamente para fazer parte da vida de qualquer pessoa.

Foi diante dessas inspirações que em 1997 ele decidiu criar sua própria rede social, a Social Net. Uma plataforma em que pessoas poderiam se conectar a partir de interesses em comum.

A título de exemplo, no esboço, duas pessoas interessadas em praticar determinado esporte em um bairro, poderiam se conectar e evoluir até mesmo para uma amizade fora da rede.

Na ocasião, o projeto foi considerado revolucionário, mas ainda muito avançado para os recursos existentes na época.

E enquanto se dedicava a essa iniciativa, Hoffman precisava de uma atividade paralela para garantir um salário mensal. E por conta disso, ele aceitou o convite do amigo Peter Thiel, que estava envolvido em um negócio prestes a ganhar o mundo: o PayPal.

Criado a partir da junção das empresas de Thiel e Elon Musk, o PayPal estava em vias de se tornar a primeira super empresa de pagamentos através da Internet; mas o projeto precisava de pessoas capacitadas e dedicadas, dispostas a criar algo que poderia revolucionar o mundo e tirar um pouco do poder dos bancos.

Diante do convite, Hoffman ingressou no PayPal e se tornou um dos diretores da empresa, que contava com uma série de empreendedores que não só tornaram o objetivo real, como também anos depois deram origem a diversas empresas como Youtube, Linkedin, entre outras. Formando o grupo conhecido como A Máfia do PayPal.

Em nosso canal já contamos a história do grupo e por que eles foram tão importantes na Era Digital:

No ano 2000, Reid Hoffman teve que sacrificar o projeto da SocialNet para se dedicar exclusivamente ao PayPal; agora na função de Chefe operacional da companhia; com direito a um pacote de ações da startup.

Na função, ele era chamado de bombeiro pelos colegas, já que era o responsável por resolver a maioria dos problemas corriqueiros da empresa, em diferentes áreas.

Porém, o sacrifício deu frutos e em 2002, o PayPal foi vendido para o Ebay por 1 bilhão e meio de dólares, reservando uma quantia interessante para Hoffman, que se tornou milionário a partir dali.

Com a venda, Hoffman deixou o PayPal e voltou suas atenções para seu antigo desejo de criar uma rede social. Mas, na época a situação era bem diferente, e já existiam redes sociais bem estabelecidas com uma premissa semelhante à sua ideia original, com expoentes como Friendster e MySpace.

Diante dessa situação, ele pensou em quais eram os possíveis problemas que as redes existentes poderiam ter, e logo percebeu que apesar do sucesso, principalmente com os jovens, as redes não tinham apelo para o público adulto.

E isso era um problema especialmente para os investidores, que não viam aquele ambiente de redes sociais como um negócio de verdade; algo que pudesse impactar de verdade a vida de alguém.

Para completar, pouco tempo antes houve a chamada Bolha das Ponto.com, um momento delicado em que os investidores tiveram enorme prejuízo com empresas baseadas na Internet. Principalmente pois várias empresas recebiam valorizações de mercado absurdas, mas de modo geral somente acumulavam prejuízos.

Com o mercado descrente, Hoffman decidiu criar uma rede que estivesse em um nicho mais específico e que pudesse ser encarada como algo sério, para adultos.

E desse exercício ele percebeu que criar uma rede baseada na vida profissional dos usuários seria algo interessante e capaz de conectar vários adultos entre si, de modo que a rede agregasse valor real para as pessoas.

Assim surgiu o embrião do que se tornou o Linkedin, uma rede social voltada para o mercado de trabalho, e que ganhou rapidamente o gosto dos usuários adultos.

Para ajudar no trabalho, Hoffman recrutou alguns amigos que trabalharam com ele na Social Net e no PayPal.

E para dar início as operações, Hoffman aportou parte do capital inicial e teve ajuda do amigo e ex-chefe Peter Thiel, que foi o primeiro investidor da plataforma.

Através da rede social nascente as pessoas podiam se manter conectadas com os mais diversos contatos que são feitos durante a vida profissional, e que até então se perdiam ao longo do tempo.

Sob essa premissa, o Linkedin era capaz de reaproximar possíveis parceiros de negócio e também empregadores e empregados, através de uma rede integrada e de fácil utilização.

Para completar, desde o surgimento da rede, cada passo foi planejado para ser executado da maneira mais rápida e capaz de realizar o maior impacto possível, visando sempre o crescimento.

Com uma série de esforços voltados ao crescimento do número de usuários, a rede atingiu um milhão de usuários em poucos meses, e logo abriu os olhos de investidores relevantes, como o famoso fundo Sequoia Capital.

Em paralelo ao crescimento do Linkedin, Reid Hoffman conheceu um jovem que estava também comandando uma rede social que estava apenas começando: Mark Zuckerberg.

Os dois se tornaram amigos, e além de trocarem ideias e experiências, Hoffman foi uma espécie de mentor para Zuckerberg, nos primeiros meses do Facebook.

Segundo o livro The Facebook Effect, foi Hoffman quem apresentou Zuckerberg para Peter Thiel, que foi o primeiro grande investidor da rede social, realizando um aporte de 500 mil dólares na então startup.

Além do robusto investimento do ex-chefe, o próprio Reid também colocou uma quantia menor para se tornar sócio do fenômeno que estava apenas começando.

Nos anos seguintes, o Linkedin foi se consolidando como a rede social voltada para Profissionais, e além de conseguir investimentos relevantes, a plataforma deu origem a algumas formas de gerar seu próprio dinheiro.

A Monetização se dava inicialmente por um sistema de classificados para vaga de emprego e também por um sistema de assinatura que permite uma série de recursos adicionais para o usuário. Além das formas nativas, a plataforma também é remunerada pelos anúncios que exibe em seu espaço.

Porém, em 2006, os esforços ainda eram pequenos quando comparados a necessidade que a rede tinha de se capitalizar.

E assim foi traçado um plano ousado de crescimento do número de usuários e do faturamento.

Dentre as estratégias usadas estavam algumas que são popularmente conhecidas como Hacks, que podem ser livremente traduzidas como macetes ou atalhos.

A título de exemplo, os programadores da rede sabiam que o Google mostrava o resultado de uma busca organizando os sites por ordem de relevância e acesso, numa espécie de ranking.

Esse ranking age de acordo com um sistema chamado SEO, que ranqueia os sites de acordo com uma série de critérios.

Sabendo disso, os programadores prepararam o sistema da rede social para que cada usuário preenchesse as informações de seu perfil de uma forma que o Google pudesse ranquear as palavras e expressões, de modo que o Linkedin se tornasse o primeiro resultado em uma busca no Google pelo nome do usuário.

Ou seja, quando um usuário procurasse no Google pelo nome de alguém que estivesse na rede social, o primeiro resultado mostrado seria o perfil desta pessoa no Linkedin. Dessa forma, o perfil na rede social se tornou quase que como o endereço eletrônico de milhares de profissionais.

A partir dali milhares de pessoas conheceram a rede social e se tornaram usuárias da solução, que a princípio era totalmente gratuita.

Essa estratégia faz parte do que é conhecido como Growth Hacking, técnica usada por vários negócios e que já foi detalhadamente explicada em nosso canal:

Com esses esforços a rede saltou de 9 para 35 milhões de usuários em todo o mundo, em 2007.

Nos anos seguintes, a rede continuou conquistando novos usuários em todo o mundo, e se tornou popular também no Brasil.

Em 2011, o capital da empresa foi aberto na bolsa de Valores, tornando Hoffman bilionário.

Enquanto isso, ele também fundou seu próprio fundo de investimentos junto a alguns amigos, o Greylock Partners; que investe em diversas empresas de tecnologia mundo afora. Hoje, Hoffman é considerado um dos investidores anjo mais respeitados do mundo.

Com um crescimento exponencial ano após ano, o Linkedin se consolidou como a rede sociais dos profissionais e continuou navegando em um oceano azul, sem concorrentes diretos. Tal feito fez com que em 2016 a Microsoft desembolsasse mais de 26 bilhões de dólares para adquirir a plataforma.

Desde então, Hoffman permanece como presidente do conselho da companhia, orientando algumas das decisões sobre o futuro da companhia; enquanto o cargo de CEO é exercido por Ryan Roslansky.

Com uma conta bancária encorpada, Hoffman atualmente se tornou um evangelista do Empreendedorismo, e divulga parte de seu conhecimento em um Podcast chamado Master of Scale; um programa que também entrevista diversos empreendedores de sucesso.

Além disso, o bilionário também se tornou escritor e autor dos livros Comece por Você,

The Alliance e

Blitzscalling: o Caminho Vertiginoso Para Construir Negócios.

Assim como outros bilionários, ele também está diretamente envolvido com diversas iniciativas de filantropia ao redor do globo.

Por conta de todos estes feitos, Hoffman é um dos empreendedores mais admirados do mundo, e que foi capaz de criar uma solução que conecta e ajuda milhões de profissionais em todo o mundo.

E sua trajetória é mais uma história de sucesso que merece ser contada em nosso canal.

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