O FENÔMENO KINGS LEAGUE – A HISTÓRIA DA KINGS LEAGUE

A liga que tem dado o que falar tem se tornado uma mania entre os jovens, à medida que também ainda é vista com desconfiança pelos fãs do futebol tradicional.

Kings League.

A modalidade tem chamado cada vez mais atenção, e vem reunindo uma série de embaixadores mundo afora – e no Brasil tem sido abraçado principalmente por Kaká e Neymar.

Mas, afinal de contas, o que é a Kings League?

Para definir da forma mais direta possível, a empreitada é uma espécie de modernização do futebol – ou até mesmo a tiktokização do esporte.

Isso, porque, ao contrário do futebol tradicional, que tem se tornado cada vez mais truncado, e com um número aparentemente menor de gols, dribles e emoções em seus 90 minutos – a Kings League aposta no dinamismo e na reunião de diferentes emoções que tornam a modalidade uma espécie de espetáculo – que visa conquistar os jovens que estão acostumados com o dinamismo das redes sociais de vídeos curtos, e que estão acostumados a impulsos frequentes de dopamina.

Em teoria, esse público – a chamada geração Z – que está acostumada com contéudos rápidos e diretos, apresenta um interesse bem menor pelo futebol tradicional do que o público mais velho – e não quer a suposta monotonia do esporte clássico.

Segundo a Infomoney, 85% dos espectadores têm menos de 34 anos.

O COMANDANTE DA LIGA

E esse é o primeiro público-alvo da liga, que tem o ex-jogador espanhol Gerard Piqué como proprietário e comandante da empreitada.

Criada em 2022, a partir da sociedade entre Piqué e o streamer Ibai Llanos, a ideia é reinventar o conceito de futebol, adaptando as demandas dos jovens que buscam dinamismo, conexão com as redes sociais e plataformas de streaming.

A empreitada é uma das bandeiras da Kosmos, empresa de Piqué, que busca inovar esportes mundo afora.

COMO FUNCIONA A KINGS LEAGUE?

O conceito da Kings League parte do já conhecido futebol de 7, modalidade com 7 jogadores em campo para cada time. Porém, o jogo possui uma série de elementos que visam a interatividade e o dinamismo.

São dois tempos de 20 minutos, com substituições ilimitadas – ausência de impedimento e as chamadas ‘’cartas especiais’’ que introduzem reviravoltas no jogo – como gols que valem o dobro ou pênaltis garantidos. Dentre outras especificidades.

Os jogos começam com um confronto de 1 contra 1, e depois são adicionados os demais jogadores.

E em caso de empate, ao contrário das penalidades tradicionais, há o shootout, em que o jogador avança com a bola até o gol.

ESTRATÉGIAS DE DIVULGAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO

A primeira temporada foi em 2023, na Espanha – e desde o início o foco foi distribuir gratuitamente os jogos nas plataformas digitais como Twitch, Youtube e interação em tempo real com o TikTok.

Na rede de vídeos curtos, o conteúdo da Kings League acumulou 238 milhões de visualizações já em janeiro de 2023, o que representa mais que todas as ligas europeias tradicionais combinadas.

A divulgação da liga também conta com transmissão em mídias como ESPN e o streaming Disney +.E também pela CazéTV.

Além de promoções e do uso do chamado tráfego pago para atrair espectadores, a liga é amplamente impulsionada pelos seus próprios espectadores, que repercutem o jogo em suas redes sociais, e fazem a promoção orgânica e viral da Kings League – naquilo que conhecido como UGC.

Soma-se a isso o endosso e a participação de futebolistas e influenciadores – como até mesmo o lendário Ronaldinho.

Nos anos seguintes, a liga chegou ao México, Itália e em 2025 ao Brasil, contando com o endosso de celebridades dentro e fora do futebol brasileiro. Como o streamer Gaules, a cantora Ludmilla e o já citado Neymar.

Eles são os presidentes de alguns dos 10 times que compõem a liga brasileira. E também participam do espetáculo, como no exemplo do chamado Pênalti do presidente.

A KINGS LEAGUE BRASIL

Por aqui, a liga tem o ex-jogador Kaka como presidente e principal divulgador. Porém, assim como Neymar, não há informações de que ambos sejam sócios da empresa controladora do espetáculo – ou até mesmo se tem participação na versão brasileira.

Apesar disso, existem rumores de que ambos estejam também envolvidos societariamente no negócio.

A competição também teve sua primeira grande copa, A Copa Mundial de Nações que foi realizada em janeiro de 2025, na Itália. Foram 16 países que duelaram em 20 partidas.

A seleção brasileira foi a campeã do torneio, e consolidou o primeiro grande astro do jogo – Kelvin Oliveira. Considerado o melhor jogador de fut 7 do mundo.

A edição contou também com a participação de grandes nomes do futebol como o alemão Mário Gotze, o colombiano James Rodriguez e o argentino Sérgio Aguero. Além deles, o influenciador Jake Paul também integrou o espetáculo, na equipe americana.

A final teve cerca de 100 milhões de espectadores em todo o globo.

Dentre os jogadores estão nomes semiprofissionais e até eventualmente ex-jogadores renomados que já participaram do jogo – como Ronaldinho Gaúcho, Iker Casillas e Sérgio Aguero.

Além disso, estádios de futebol também serviram de palco para o espetáculo, como o estádio do Barcelona, o Camp Nou, que foi o palco da final da temporada inaugural. Na ocasião foram 90 mil espectadores presenciais e milhões de visualizações online.

Já a copa do mundo teve com palco o estádio da Juventus da Itália, o Allianz Stadium.

Já na versão brasileira, a final aconteceu no Allianz Parque, em São Paulo, e teve público presente de mais de 40 mil pessoas. Público maior que seis dos dez jogos disputados no Brasileirão no mesmo final de semana.

Com horário concorrente a jogos do brasileirão, o evento reuniu 54 mil espectadores na sua live oficial na Twitch.

E o time presidido por Neymar, Fúria, foi o campeão.

A Liga tem se consolidado não só como um fenômeno de público e repercussão, mas também um negócio de enorme potencial.

Inicialmente, a liga reuniu um pool de investidores que rendeu 60 milhões de euros, com a participação de investidores americanos e mexicanos.

Além dos investimentos iniciais de Piqué e dos fundos parceiros, a empreitada também conta com diferentes formas de monetização, como a venda de ativos digitais, como NFTs. Ainda assim, a principal fonte de renda são os patrocinadores, que expõem suas marcas para toda a Internet.

Mesmo os números não sendo públicos, é estimado que 65% da receita do espetáculo seja com patrocínios. E marcas como Adidas fazem parte do rol de patrocinadores. No Brasil, a empreitada contou com apoio de marcas como Ifood e Superbet.

E a expectativa é que a liga pegue carona na chamada Creators Economy, que é o nome dado ao mercado que envolve influenciadores, streamers e produtores de conteúdo em geral – que endossam produtos, possibilitam anúncios e venda de seus próprios produtos ou serviços.

De acordo com a Mc Kinsey, esse mercado já movimenta cerca de 200 bilhões de dólares globalmente. E a expectativa é que chega a 600 bilhões já em 2030.

E se a Kings League continuar mantendo o seu rápido ritmo de crescimento, é esperado que o negócio chegue a cada vez mais países – e se torne um negócio bilionário.

E você, acha que a Kings League vai ser tão grande quanto o futebol tradicional? Qual você prefere?

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