O ano de 2025 não tem sido nada bom para a Tesla.
A empresa de Elon Musk tem acumulado perdas e vem enfrentando também a desconfiança do mercado financeiro.
A ponto de suas ações terem perdido mais de 50% de valorização…
Nesse post, você vai entender o que está acontecendo com a Tesla e porque o mercado está preocupado com ela.
Tesla, a empresa que revolucionou o mercado de carros elétricos tem tido um 2025 bastante preocupante.
Isso, porque, a empresa entregou pouco mais de 330 mil veículos no primeiro semestre desse ano, o que representa uma queda de 13% quando comparado as entregas do mesmo período no ano passado.
Para completar, a empresa também registrou uma queda de 20% nas vendas quando comparado com o pico de vendas da empresa, que foi realizado no primeiro semestre de 2023, quando comercializou mais de 422 mil veículos.

O resultado atual é o pior em três anos, e mostra a dificuldade que a Tesla tem tido naqueles que são considerados seus mercados-chave. Na Europa, as vendas caíram 45%, enquanto na China, as vendas caíram ainda mais, 49%.
E até mesmo na sua terra natal, a Tesla tem tido dificuldades, com queda de 11% em suas vendas.
Esses problemas por si só já seriam relevantes, mas não bastassem os números piores, a Tesla também enfrenta a desconfiança do mercado financeiro.
Isso, porque, desde dezembro de 2024, as ações da montadora perderam mais de 50% de seu valor, o que derrubou a valorização da empresa de 1,5 trilhão de dólares para 714,6 bilhões, em março de 2025.

Vale ressaltar, que a queda acompanhou de certa forma a reação eufórica do mercado com a montadora, que turbinou a valorização das ações da Tesla, logo após a eleição de Donald Trump, que contava com o apoio de Musk.
Ou seja, pode-se dizer que as ações tiveram uma retração que inclui inicialmente também uma correção do valor das ações para o patamar pré-eleição.
Apesar disso, há de se contar também que se as ações deram um salto com a eleição, houve uma mudança de humor do mercado, que passou a ver com preocupação a participação de Elon Musk no Governo Americano, especialmente por sua atuação direta no departamento de eficiência governamental, o chamado DOGE.
No órgão, Musk tem se envolvido em polêmicas, e tem promovido cortes agressivos de gastos, que tem gerado protestos e críticas de vários setores.
Além da participação no governo, existem críticas as posições políticas, ações e declarações de Musk – como por exemplo, o apoio ao partido AfD na Alemanha.
TESLA TAKEDOWN
Sua atuação na política não desapontou apenas investidores, mas também causou a revolta de uma série de protestantes, que criaram a campanha Tesla Takedown, com o objetivo de promover o cancelamento e o boicote à montadora – tanto para a compra de veículos novos, como também para que donos de veículos Tesla vendam seus carros.
Além disso, foram reportados atos de vandalismo contra carros da marca.
O movimento tem sido reportado pela mídia como uma ‘’greve de clientes’’, e foi apontado como um dos motivos da queda nas vendas – uma vez que os carros da Tesla, em tese, são comprados por pessoas de todas as visões políticas – e o posicionamento de Musk pode ter afastado comprados que tem uma visão política aposta a do bilionário.
As ações de Musk também preocupam investidores que antes estavam ao lado do magnata, como, por exemplo, o investidor Ross Gerber, que agora critica a liderança do bilionário – e alega que a Tesla está em colapso, e pode não se recuperar. O que justificaria a saída de Musk como CEO da empresa.

Apesar das diferentes percepções, a Tesla se defende da desconfiança do mercado e de seus números recentes, com a justificativa de que os indicadores foram afetados pela espera e transição da versão atualizada do Tesla Model Y – que exigiu o reequipamento das fábricas, e gerou desabastecimento das concessionárias
A CONCORRÊNCIA COM A BYD
Não bastassem as questões da própria Tesla, outro fator externo também ronda a montadora. Isso, porque, a chinesa BYD já conseguiu ultrapassar a montadora de Elon Musk em vendas anuais – com mais de 100 bilhões de dólares de faturamento.

Em 2024, a BYD chegou aos 107 bilhões de dólares em venda, enquanto a Tesla registrou 97,7 bilhões de dólares, no mesmo período.
Além dos números financeiros, a chinesa também se consolidou como a maior vendedora de carros elétricos, especialmente pela sua grande gama de modelos.
Conforme apuração do G1, a BYD agora conta com 15,7% do mercado de elétricos, enquanto a Tesla tem 15,3%.

E não é apenas com a BYD que a Tesla tem que se preocupar.
A concorrência no mercado elétrico tem ficado cada vez mais acirrada, com a ampliação das opções oferecidas por montadoras tradicionais como BMW, Ford e Volkswagen.
Só que a Tesla já anunciou que tem um plano para reverter a situação.
Além da atualização do modelo Y, a montadora anunciou que pretende lançar uma linha de veículos mais acessíveis. E no campo geral, a marca vai intensificar os seus esforços em sistemas de inteligência artificial e rodagem autônoma, como no caso dos Robotáxis que estão previstos para junho desse ano – e que pretendem revolucionar o trânsito mundial.
Agora, o futuro vai dizer se mais uma vez Musk vai conseguir calar os críticos, ou se de fato chegou a sua hora de sair do comando da montadora…
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