A HISTÓRIA DO ROCK IN RIO – COMO ROBERTO MEDINA CRIOU O MAIOR FESTIVAL DO MUNDO

Essa é a história do Rock In Rio.

Um dos maiores espetáculos do planeta, que vai bem mais além do que um simples festival.  

Com décadas de história, o evento já recebeu grandes astros e milhões de fãs, em um sucesso multimilionário – que se firmou como um negócio de enorme repercussão.

E tudo começou especificamente a partir de um sonho – em que em uma única noite, o publicitário Roberto Medina vislumbrou aquilo que se tornaria o maior festival de música do mundo até então.

E nesse artigo, você vai conhecer como Roberto Medina criou um dos maiores eventos do planeta a partir de um sonho que hoje é vivido por milhões de pessoas.

Um dos maiores espetáculos do planeta, o Rock in Rio se consolidou como uma das marcas mais queridas e reconhecidas do mundo, e já esteve presente não só no Brasil, mas também em Portugal, na Espanha e nos EUA.

E tudo surgiu a partir da visão de Roberto, que entendeu que era possível criar um espaço no Rio de Janeiro totalmente voltado para a música e o entretenimento – A Cidade do Rock.

Para tornar real o evento, o empresário foi atrás de patrocinadores que abraçaram a ideia – e assim, a Brahma firmou um acordo para se tornar a primeira grande parceira do evento – com o objetivo de promover uma nova cerveja chamada Malt 90.

Esse produto era feito especialmente para o público jovem e o Rock in Rio seria a oportunidade perfeita para promovê-lo.

MONETIZAÇÃO DO ROCK IN RIO

Além de patrocinadores, o Rock in Rio teria um plano de monetização, que faz parte de sua estrutura até hoje:

Primeiro, os patrocinadores que apoiam a causa e expõem suas marcas antes, durante e depois dos shows – tanto no espaço físico, quanto nas transmissões do evento.

Em conjunto, a venda de ingressos – que é um pilar que a cada edição se torna mais relevante – a medida que o público tem valorizado cada vez mais o espetáculo.

E, por fim, a criação de uma linha de produtos licenciados com a marca – que incluem não somente os produtos físicos, como camisetas, canecas e outros mais de 700 itens – mas, também ativos intangíveis – como as licenças e direitos de transmissão do festival – bem como os acordos comerciais fechados com outros negócios que operam dentro do evento.

Apesar de ser uma iniciativa pioneira, o festival não foi a primeira empreitada de Roberto Medina no mundo da música.

Criador da agência Artplan, ele já havia trabalhado com artistas e celebridades ao longo dos anos. E, inclusive, foi responsável pela vinda do lendário Frank Sinatra ao Brasil, em um show para mais de 170 mil pessoas no Maracanã, em 1981.

Desde o projeto, o Rock in Rio deveria se tornar um evento épico, especialmente para honrar a expectativa dos patrocinadores. E além do Rock, desde a sua concepção o festival também abarcaria outros gêneros musicais.

O objetivo era entregar uma experiência completa que iria muito além simplesmente dos shows – e que envolveria também a filantropia e um trabalho de conscientização social. Nascendo assim, a cultura que orbita o evento até hoje.

Para atrair as estrelas do primeiro evento, Medina contou com o endosso pessoal de Sinatra, que ajudou com que a organização fechasse primeiro com o cantor Ozzy Osbourne e depois com a banda Queen – que foi responsável pela apresentação mais icônica da franquia até hoje.

E não tardou para que outros nomes também aderissem ao plano, como o cantor James Taylor, que retomou a carreira para prestigiar o evento.

A estrutura inicial foi erguida em um terreno de 250 mil metros em Jacarepaguá, contando com 50 lojas e dois fast foods. E o principal – teve aquele que foi o maior palco do mundo na época.

Foi nesse espaço que passaram mais de 1,5 milhão de pessoas entre os dias 11 e 20 de janeiro de 1985. Um evento de enorme sucesso e que colocou o Rio de Janeiro no cenário musical mundial.

E aí você deve pensar que deu tudo certo?

Mas não foi bem assim…

SUCESSO DE PÚBLICO – FRACASSO FINANCEIRO

Apesar de ter sido um sucesso de público e crítica, o primeiro Rock in Rio não foi nem de longe um sucesso financeiro. Pelo menos para seu criador.

Isso, porque, além de o evento quase não ter acontecido por falta de verbas, o empresário fez uma série de dívidas para honrar os compromissos que tinha assumido com o objetivo de manter a cidade do Rock de pé para sediar outros eventos nos anos seguintes – e ter lucro efetivamente nas edições posteriores do Rock in Rio.

Mas aí que entra o então Governador Leonel Brizola.

Além de criar uma série de dificuldades antes da realização do festival, o Governo do estado do Rio de Janeiro na época determinou que a Cidade do Rock fosse totalmente demolida após o primeiro Rock in Rio, por suposta utilização irregular do espaço.

Sem alternativa, o empresário acatou a decisão e a estrutura foi completamente desmontada. O que inviabilizou a realização de edições seguintes, nos mesmos moldes do primeiro…. E rendeu um prejuízo multimilionário para seu organizador.

Ou seja, todo o esforço e investimento para o futuro seria perdido…

A situação fez com que Roberto Medina tivesse que vender a própria casa, e penhorar o prédio da Artplan para poder honrar as dívidas feitas em prol do Rock in Rio.

E naquele momento, tudo parecia ter sido apenas uma boa

Só que menos de cinco anos depois, o trabalho rendeu novos frutos e o investimento poderia enfim ver um retorno…

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ROCK IN RIO II

Anos depois do prejuízo, o Rock in Rio veria novamente uma esperança graças a Coca-Cola – que entrou em contato com Medina para que fosse criado um novo Rock in Rio em 1991.

A ideia era não só promover a marca, mas também rivalizar com o Pepsi Music – festival feito pela concorrente que era um sucesso no mundo na época, e divulgava o nome da concorrente para uma legião de fãs de música.  

Assim, a Coca precisava de uma resposta, e bancou aquele que seria o retorno triunfal do festival.

Em menor escala, o palco do Rock in Rio II foi o Maracanã – que sediou o festival entre os dias 18 e 26 de Janeiro de 1991.

E dessa vez, o evento contou com apoio massivo de diversas empresas que patrocinaram o espetáculo e que também vendiam seus produtos e serviços dentro da estrutura do segundo Rock in Rio – tais como Hering, Bob’s, Banco do Brasil e Lojas Americanas.

Outra parceira foi a Rede Globo, que transmitiu alguns dos shows do evento e se tornou desde então uma parceira histórica da atração.

Com o reconhecimento massivo de público, crítica e patrocinadores, a segunda edição do Rock in Rio foi um sucesso absoluto, e enfim trouxe a Ricardo Medina o retorno financeiro – consolidando o festival não apenas como um espetáculo musical, mas também uma espécie de hub de negócios, em que grandes marcas divulgam seus produtos e conquistam novos clientes.

ROCK IN RIO III

Esse sucesso permitiu que a marca se tornasse uma franquia, que ganhou sua terceira edição em 2001, quando novamente conseguiu erguer a Cidade de Rock.

E não parou por aí.

ROCK IN RIO INTERNACIONAL

Além do Rio, a marca se tornou internacional e realizou seu primeiro evento fora do país em 2004, quando foi sediado o primeiro Rock in Rio Lisboa. Evento que desde então se tornou bianual.

Além de Lisboa, o festival também já teve 3 edições em Madri na Espanha e uma em Las Vegas, nos EUA.

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O SUCESSO ABSOLUTO DO ROCK IN RIO

No Brasil, a quarta edição veio apenas em 2011.

Depois, o evento seguiu um calendário bianual; que foi remanejado devido ao adiamento da edição de 2021 para 2022. E, agora, dois anos depois, o país recebe mais uma edição.

A atração faz parte do guarda-chuva do Grupo Dreamers, em que Ricardo Medina concentra além do Rock in Rio, outros eventos como o The Town; iniciativa similar ao Rock in Rio, que aconteceu em 2023 em São Paulo; e a Game XP – um spin off do Rock in Rio, voltado para o público gamer.

O grupo também é responsável pela realização do festival Lollapalooza no Brasil, e anualmente fatura mais de 1,5 bilhão de reais -reunindo mais de 1500 funcionários, segundo a Infomoney.

Todas essas iniciativas tornaram o Rock in Rio uma franquia multimilionária e extremamente importante para a economia do país, e principalmente da cidade do Rio de Janeiro.

Segundo o G1, nessa edição a cidade deve receber 47 mil turistas em razão do evento, que devem movimentar mais de 3 bilhões de reais na economia local. E a expectativa é de 700 mil pessoas presentes nos sete dias de shows.

FATURAMENTO DO ROCK IN RIO

E apesar de os números não serem públicos, o festival se tornou uma máquina de dinheiro.

Em 2022, a RIO CVB estimou a receita do Rock in Rio 2022 em mais de 158 milhões de dólares. E a expectativa é que esse ano o faturamento seja ainda maior.

Além disso, se o primeiro foi um enorme prejuízo, não se pode dizer o mesmo das últimas edições.

Em 2017, a prefeitura do Rio de Janeiro estimou que dos 250 milhões de reais faturados pela atração em sua então edição anterior, 100 milhões de reais eram de lucro.

Ou seja, ao que tudo indica, a iniciativa se tornou extremamente lucrativa. E desde então os números só aumentaram.

Dessa forma, Roberto Medina criou um negócio multimilionário e provou que o empreendedorismo é o caminho para se realizar os sonhos…

E você, vai assistir ao Rock in Rio?

Conta pra gente nos comentários.

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