Uma das maiores redes de restaurante do Brasil, o Coco Bambu conquistou diversos estados do país e acena com apetite para muito mais. E nesse post, separamos a História do Coco Bambu.
A rede é uma criação do casal Afrânio e Daniela Barreira, que surgiu de uma maneira bem diferente.
Em 1989, Afrânio, que é engenheiro civil de formação, tinha uma pequena construtora e dois postos de serviços automotivos. Para realizar o sonho da esposa Daniela, que na ocasião fazia sobremesas em casa para venda; ele a ajudou a viabilizar o primeiro restaurante do casal: a pastelaria Dom Pastel, que começou na cidade de Fortaleza, em um espaço de 25 metros quadrados.
Quatro anos depois, o negócio começou a ganhar novas unidades, e se revelou uma grande oportunidade, ao ponto de levar Afrânio a vender suas empreitadas paralelas, para se dedicar 100% ao negócio gastronômico.
E enquanto a pastelaria se tornou um negócio robusto, ela deu ao casal não só o know how da http://passoapassoempreendedor.com.br/wp-content/uploads/2023/01/wang-chuanfu.jpgistração de um restaurante, como também indicou a necessidade de se criar um empreendimento maior; em que além da comida propriamente dita, poderiam ser vendidas bebidas e principalmente uma experiência gastronômica diferenciada.
Dessa conclusão, em 2001 surgiu o Coco Bambu, um restaurante que apostou em um cardápio diversificado, com diferentes receitas e um grande leque de proteínas; dentre elas o camarão, que se tornou o item mais popular da rede.
O cardápio desde o início foi assinado pela própria Daniela, e a http://passoapassoempreendedor.com.br/wp-content/uploads/2023/01/wang-chuanfu.jpgistração foi tocada por Afrânio, que hoje aparece frequentemente como principal nome da empresa.
Aberto também em Fortaleza, a primeira unidade se estabeleceu no Bairro Meirelles e contava também com pizza, crepes e tapioca no cardápio.
De acordo com ele, para a primeira unidade foi necessária uma série de pequenos investimentos que totalizaram algo em torno de 100 mil reais, em valores da época. Contudo, desde o começo todo o capital empregado no negócio sempre foi próprio; e a rede nunca recorreu a nenhum tipo de empréstimo ou endividamento.
A segunda unidade veio um ano depois, com a inauguração do Plus, um buffet localizado também em Fortaleza com 4000 metros quadrados.
Já em 2005 foi a vez do Coco Bambu ganhar outros pontos além do Ceará, com a abertura de uma unidade em Salvador.
Em 2009, foi a vez de Brasília. E em 2010 a rede chegou também em Teresina no Piauí, e instalou a terceira unidade em Fortaleza, e a segunda na capital nacional.
Em 2012 enfim veio a conquista da região Sudeste com a abertura da primeira casa em São Paulo, na Avenida JK. Cidade que ganhou outro ponto no ano seguinte. E estado que contou com 12 unidades já em 2018.
E esse crescimento continua até hoje de maneira cada vez mais acelerada.
Mas apesar do resultado próspero, o próprio Afrânio advertiu em entrevista à Rezende Consultoria.
“Se quer ser um empreendedor, faça votos como o padre faz para pegar a batina. É ter o negócio como trabalho, lazer, religião e hobby”.
De acordo com ele, diante desse compromisso, é necessário trabalhar de domingo a domingo, sem hora para sair.
Além do crescimento orgânico, para aumentar o número de restaurantes o casal conseguiu trazer uma série de sócios-proprietários que são escolhidos a dedo para ajudarem na manutenção de cada uma das unidades espalhadas pelo país. Cerca de 24% do negócio de cada unidade fica com os sócios parceiros. E hoje são mais de 100 sócios nessa modalidade.
E assim como houve o crescimento do negócio, houve também um aumento do custo para a construção de cada unidade, que hoje é em média de 10 milhões de reais.
Dentre os pontos da rede, há destaque para a Unidade do Shopping Iguatemi Fortaleza, que é o maior restaurante de Shopping do Brasil com espaço para 800 pessoas; e que teve o custo de 18 milhões de reais.
INTERNACIONALIZAÇÃO FRUSTRADA
Apesar disso, nem só de sucessos vive a rede.
Em 2018 houve a tentativa de levar a rede para os Estados Unidos, mais precisamente para a cidade de Miami.
Contudo, a recepção no mercado americano foi mais hostil do que a empresa imaginava, e caso quisessem continuar teriam que se endividar para sobreviver no mercado dolarizado. Diante disso, assim como outras redes brasileiras, o Coco Bambu desistiu da operação internacional pouco tempo depois.
REINVENÇÃO E SALTO
Mesmo assim, após o revés, a rede enxergou um novo caminho e apostou na reinvenção do modelo de negócios. E além de oferecer múltiplas opções de comidas, houve também a criação de pratos e linhas mais acessíveis, com o intuito de atingir uma faixa mais ampla de público.
Uma aposta que demanda também uma minuciosa atenção ao custo dos insumos e ao preço final para o consumidor.
De acordo com Afrânio Barreira, há uma comissão interna para avaliação periódica dos preços dos pratos da rede, e o valor final dos itens pode variar tanto para cima, como para baixo, de acordo com a oscilação do custo das matérias primas. O que segundo ele é um compromisso com os clientes para se manter o preço dos alimentos sempre justo.
Com esse compromisso, a rede conseguiu aumentar sua malha de clientes, e isso refletiu também no aumento do faturamento e do número de lojas da rede.
Graças a esses esforços, em 2019 a rede conseguiu ultrapassar mais de 1 bilhão de reais de faturamento. E hoje o fundador indica que o ticket médio dos clientes da rede gira em torno de 60 reais.
E mesmo com o cenário caótico em 2020, a rede conseguiu inaugurar 20 novos pontos no ano. E consolidou também uma rede de delivery que hoje corresponde a 15% do faturamento do negócio; que conta também com seu próprio aplicativo para pedidos.
Nos anos seguintes também foram abertas novas unidades; e para esse ano, há o compromisso de se investir mais de 130 milhões de reais em novos pontos.
Hoje, além dos pontos já citados, a rede opera em vários outros estados, em um raio que atende 15 estados brasileiros.
Para se ter ideia, são cerca de 3 milhões de quilos de camarão e 300 toneladas de peixe vendidos nos restaurantes da rede todos os anos. E no total, 7200 pessoas trabalham diretamente para a rede.
EXPANSÃO ACELERADA
E agora, além do Coco Bambu, a rede lança uma nova bandeira de restaurantes, o Vasto; que abriu 4 unidades, uma em São Paulo, uma em Recife e outras duas em Brasília. O novo negócio tem inspiração nos restaurantes de Nova York e oferece drinks e pratos contemporâneos. O Dom Pastel também ainda existe, mas como um anexo do restaurante matriz.
Ao todo, a rede começou 2022 com 64 unidades pelo país e a ideia é aumentar o número para 76 até o final do ano; com a meta de se alcançar 1.5 bilhão de reais em faturamento.
Todos esses fatores fazem da rede Coco Bambu um dos maiores negócios do Brasil e mostra mais uma trajetória de sucesso que merece ser contada em nosso canal.
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