Existe uma Equação para criar negócios? Musk diz que sim. E revela sua equação da inovação.
Criatividade e inovação são temas cada vez mais recorrentes.
Para alguns a Criatividade se trata de um dom. Para outros, é fruto de muita pesquisa e experimentação; e algo que pode ser trabalhado através de um método.
Na mesma linha, muito é discutido sobre Inovação. E sobre como existem pessoas que são capazes de mudar a realidade através de seus projetos ou negócios.
De acordo com o autor Clayton Christensen, em seu livro ‘’O dilema da Inovação’’, existem 2 tipos de inovação. As sustentáveis e as disruptivas.
As sustentáveis são aquelas que melhoram aquilo que já existe. Um exemplo, é transformar a fonte de alimentação de um automóvel ou criar um celular mais tecnológico.
Já as disruptivas são aquelas que criam novos padrões, comportamentos e até mercados. E podem significar uma completa mudança na sociedade; como, por exemplo, o lançamento dos smartphones, que transformaram a forma como compramos produtos; solicitamos serviços e até como nos relacionamos com nossos amigos.
Nesse panorama, sem dúvidas, uma das figuras mais inovadoras é o homem mais rico do mundo, Elon Musk.
Carros elétricos, energia solar, inteligência artificial, tecnologia espacial; são algumas das empreitadas que cercam o bilionário. Que não à toa é chamado de ‘’O Homem de Ferro da Vida real’’.
Ainda que o magnata tenha relatado por várias vezes que se inspirou em ensinamentos de intelectuais e filósofos diversos, como Richard Feynman e até Aristóteles; ele compartilhou recentemente em uma entrevista que utiliza uma espécie de equação para criar negócios inovadores.
E de acordo com o site Inc.com, a equação da inovação de Musk é composta pela junção de 3 elementos:
O primeiro deles é o Ritmo de Inovação.
Um dos grandes desafios de um empreendedor é lidar com o tempo que leva para entregar ao mercado o seu produto ou serviço. Especialmente quando se espera conquistar um mercado, ou transformá-lo; como, por exemplo, a Tesla conseguiu fazer no mercado de veículos.
Contudo, inicialmente é preciso estabelecer um prazo factível para tirar as ideias do papel; com atenção sempre para entregar o prometido o mais rápido possível; caso contrário, pode ser tarde demais.
Dessa forma, seguindo os ensinamentos do bilionário, é preciso planejar desde o primeiro momento qual será o tempo necessário para desenvolver o produto ou serviço que você irá lançar. Um norte que deve orientar o empresário a fazer o melhor, no menor tempo possível.
E que vai ser como uma espécie de cronômetro; já que se o empreendedor não conseguir seguir o prazo estabelecido; ele pode perder a oportunidade que um dia ele enxergou.
Um desafio que já gerou problemas para o próprio Elon, que em 2008, sofreu com a pressão dos primeiros investidores e clientes da Tesla; que colocaram em xeque o futuro da montadora; depois que a empresa atrasou em meses a entrega das primeiras unidades do Tesla Roadster; o primeiro carro da marca.
Situação que colocou em dúvida se de fato o magnata seria capaz de cumprir suas promessas. E que por muito pouco não colocou um ponto final na carreira do hoje bilionário. Já que a pressão dos investidores quase fez com que a empresa ficasse sem fundos para entregar os automóveis encomendados.
Na mesma linha, o empresário deve entender que o Ritmo da Inovação também está ligado a forma como ele enxerga e aproveita as oportunidades que estão durante dele. E que se esse ritmo for lento demais; ele estará flertando com o fracasso.
Outro exemplo do próprio Musk se deu quando ele decidiu se juntar ao seu então concorrente Peter Thiel para formar o Paypal; a primeira grande iniciativa de pagamentos pela Internet.
Tudo para ganhar velocidade para garantir a inovação. E não perder tempo com aquilo que o desviava de seu objetivo.
Na ocasião, os dois empreendedores perceberam que caso continuassem perdendo tempo concorrendo um contra o contra o outro, eles poderiam perder o timming para a criação de um negócio que dominaria os pagamentos pela Internet.
Nesse exercício, eles entenderam que havia uma janela de oportunidade que duraria pouco tempo; mas que poderia significar a conquista de uma espécie de monopólio do mercado de pagamentos.
Uma janela que reservava uma grande recompensa, mas que duraria pouco tempo; já que, aos poucos, outros concorrentes também ganhavam o mercado. O que poderia significar que o bolo seria dividido com vários players; e não somente com um único e definitivo vencedor.
Diante disso, eles decidiram fundir suas empresas, formando assim o PayPal; a empresa que monopolizou os pagamentos online nos primórdios da Internet; e que mostrou a importância de se ater ao Ritmo da inovação; pois, literalmente, se demorar demais, o bonde pode passar…
O segundo elemento é O Acesso a Recursos.
Um dos maiores desafios daqueles que querem inovar é encontrar os recursos necessários para implementar um negócio ou solução.
Muitas vezes, empreendedores ficam tão emocionados com o produto que estão desenvolvendo, que esquecem que antes de ele ser entregue, é preciso definir exatamente quais serão os recursos necessários, onde e como obtê-los.
Algo que parece simples, mas que já afetou muitos empreendedores que subestimaram ou superestimaram os recursos que tinham em suas mãos.
Um dos exemplos é o brasileiro Eike Batista, que captou bilhões de dólares para a petroleira OGX; que partiu da premissa de que seria viável extrair petróleo do pré-sal; quando na verdade, a operação era inviável.
Empreitada que também foi superestimada pela Petrobras, que anunciou as reservas do pré-sal como a salvação do país; quando pouco tempo depois, foi demonstrado que elas não compensavam o esforço demandado.
Outro exemplo é a Uber que há alguns anos anunciou um projeto para desenvolver carros autônomos, que em poucos anos dispensariam a necessidade do motorista humano.
Uma promessa ousada, que movimentou os investidores; mas que foi abandonada em 2020; uma vez que os recursos eram muito mais complexos e caros do que a empresa havia mensurado.
Uma prova de que até mesmo o que parece óbvio, não é tão simples assim.
E que evidencia a necessidade de se ter um plano de negócios que contemple o custo real dos recursos necessários para um negócio. E que não seja descolado da realidade; partindo sempre daquilo que já é minimamente viável agora; e não em um futuro hipotético.
Terceiro: Matérias Primas
E para fechar a equação, o terceiro elemento: a necessidade de se ter em mãos as matérias primas necessárias.
De acordo com Musk, é necessário que uma empresa inovadora garanta uma forma segura e confiável para ter sempre acesso às matérias-primas essenciais para seus negócios.
Um ponto que pode definir o sucesso ou o fracasso de uma empresa; pelo simples fato de haver ou não oferta de um determinado elemento.
Exemplo recente disso são algumas montadoras de automóveis; como a Chevrolet, que teve de suspender a produção de veículos pela falta de semicondutores no mercado; itens essenciais para a construção dos carros da montadora.
Escassez que causou não só a interrupção da fabricação, mas também um grande prejuízo para a empresa; que não conseguiu colocar para o mercado a última geração dos produtos de seu portfólio atual. Deixando o espaço livre para os concorrentes.
Uma dificuldade que já foi vivida na pele pela própria Tesla em seus primeiros dias, que teve dificuldades de garantir as matérias primas necessárias para seus veículos; o que resultou no atraso já comentado; e em uma dificuldade momentânea de se cumprir com o prazo prometido.
Problema que foi contornado pela empresa de Musk, garantindo a ela o sucesso trilionário atual.
Formando assim a equação da inovação do bilionário.
Para você, faz sentido o raciocínio do magnata?
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