O OUSADO PLANO BILIONÁRIO DE EIKE BATISTA PARA VOLTAR AO TOPO

Eike Batista está de volta.

Pelo menos, nos noticiários, Eike Batista voltou a ser manchete quando o assunto são negócios.

Mais de dez anos depois de ir do céu ao inferno com seus negócios, e ver a holding EBX afundar junto com todos os seus ativos, como já contado aqui no canal, o empresário agora aposta em um novo setor que promete revolucionar o Brasil.

Pelo menos, essa é a promessa do novo setor que o empresário está atuando em silêncio desde 2015… e dessa vez, ao invés de minas, petróleo ou gás, a sua aposta está no agro.

Isso mesmo. O agro que é pop. é tech. É tudo.

Nesse artigo, você vai conhecer a nova aposta de Eike Batista e como ela pode revolucionar diferentes setores do mercado brasileiro.

Depois de mineração, logística, óleo e gás, agora a aposta de Eike é a criação da chamada super cana, também conhecida como cana celulose.

E segundo ele, o negócio pode não só se tornar uma empreitada bilionária, como também alterar toda a dinâmica do setor sucroalcooleiro

O embrião do negócio foi criado em 2011, quando um grupo de cientistas realizou a compra de germoplasmas de canas de açúcar espalhadas pelo mundo em locais como França, Barbados, Estados Unidos e também no Brasil.

Os germoplasmas são uma espécie de banco de dados que armazena o material genético dessas variedades.

A partir do estudo desses germoplasmas, os cientistas chegaram a uma nova espécie de cana, capaz de produzir três vezes mais etanol e até 12 vezes mais biomassa.

Com essa nova espécie em mãos, Eike aposta em sua capacidade de criar unicórnios para colocar mais um negócio bilionário no mercado.

Segundo ele, ao longo dos anos, ele esteve envolvido na criação de mais de 20 empresas que ultrapassaram o valor de 1 bilhão de dólares de valorização.

E agora, ele tem emprestado o seu know-how para a criação de negócios para diversos negócios, em troca de compensações financeiras ou em troca de participação societária, como no caso dessa nova empreitada – que ele aderiu desde 2015.

Além da supercana, ele também aposta em outras 6 empresas que podem se tornar unicórnios nos próximos anos – mas por hora não revelou exatamente quais.

Ainda sem nome oficial, especula-se que o negócio da supercana seja chamado de BRX. E de acordo com a Folha de São Paulo, a empreitada já custou mais de 330 milhões de reais, com uma produção teste de quatro anos, gerando 180 toneladas de cana por hectare.

E por enquanto, a função de Eike é atuar como uma mente mestra capaz de reunir todas as peças do quebra cabeça que envolve o desenvolvimento do produto em si, que no caso serão essas novas sementes; como também a criação de todo o modelo de negócio, distribuição e apresentação da empreitada para o mercado. E ele se auto-entitula como um ‘’catalisador’’, que fará o negócio acontecer.

Essa mentalidade chamada de visão 360 graus já foi tema de um vídeo do canal e também é destrinchada em seu livro, o X da Questão.

Segundo Batista, sua visão holística será capaz de colocar essa nova variedade em diferentes seguimentos que vão além dos tradicionais ramos de açúcar e álcool.

ALTO VALOR AGREGADO

E além do rendimento três vezes maior em relação ao etanol, Eike justifica que o bagaço da supercana será também a matéria prima para uma revolução no setor de embalagens e produtos plásticos.

Isso, porque, ao invés de vender o bagaço da cana para queima por apenas 20 dólares a tonelada, segundo ele, é possível vender o bagaço para ser transformado em objetos plásticos como canudos e embalagens para fast-foods e deliveries.

O que em sua visão pode fazer saltar o preço da tonelada de bagaço salte de 20 dólares para algo entre mil e quatro mil dólares.

USOS PARA A SUPERCANA

Para ele, a inovação pode no longo prazo substituir o plástico atual em todo o mundo. O que geraria um salto no mercado nacional, que é líder na produção de cana.

Essa tecnologia ainda não foi popularizada por aqui, mas na China já há fábricas capazes de produzir tais materiais a partir do bagaço da cana de açúcar – e caso aconteça por aqui, a atividade pode dar origem a embalagens mais baratas e com alto valor agregado para o produtor.

Em menor escala, a nova variedade também tem usabilidade na produção de papel e fibras para roupas, e também seu bagaço pode ser convertido em pelotas para o fornecimento de carvão em siderurgias.

Outro possível uso é para base na produção do chamado SAF – o combustível de aviação produzido a partir de matérias primas renováveis – que deve ser adotado cada vez mais como uma forma de descarbonização do modal.

No que diz respeito ao modelo de negócio, Eike afirma que a supercana pode causar um impacto enorme no mercado tal como ocorreu no século passado com a chegada do Eucalipto no Brasil, que décadas depois se tornou o maior produtor do planeta.

Além de mudar o parâmetro das plantações e usinas do país, que hoje passam corriqueiramente por períodos de ganhos cíclicos, e que tem boa parte de seus players em dificuldade financeira; a supercana pode mudar o dia a dia das usinas do Brasil, uma vez que os usineiros terão em mãos um produto três vezes mais eficiente – o que por si só já altera a realidade do setor – que historicamente vive entre altos e baixos.

O próprio Eike afirma também que tem interesse em adquirir fazendas e usinas do setor sucroalcooleiro que hoje passam por dificuldades financeiras ou que estão em recuperação judicial – dado ao potencial de multiplicar a produção que essa nova variedade de cana tem.

Que além de mais eficiente, também demonstra produção constante após o primeiro ano de safra, ao contrário de outras variedades que apresentam decréscimo gradual de eficiência depois do primeiro ano de colheita.

O que pode levar também com que outros investidores apareçam e façam com que o preço das fazendas de cana aumente de forma considerável nos anos seguintes à chegada das sementes no mercado.

Mas a verdadeira monetização do projeto tem inspiração no modelo da gigante Monsanto, que fatura cifras bilionárias com suas sementes.

A gigante possui diferentes formas de ganhos quando o assunto são suas sementes modificadas, que vão desde venda de sementes em si, licenciamento, cobrança de royalties e até mesmo controle de uso de seus produtos para garantir resultados que atendam a um padrão de qualidade.

Nessa linha, Eike comentou a possibilidade de as sementes gerarem uma porcentagem de ganhos para sua empresa sobre a produção dos agricultores que optarem pela supercana; que promete muito mais eficiência. O que em larga escala viabilizaria a promessa de negócio unicórnio.

Hoje, o mercado da cana representa cerca de 2% do PIB brasileiro e movimenta mais de 100 bilhões de dólares ano. Somente o setor sucroenergético movimenta 95 bilhões de reais por ano.

O Brasil é o maior produtor mundial de cana de açúcar, com mais de 400 usinas; sendo a maioria delas nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás. O que traz um panorama econômico capaz de justificar o otimismo do empresário com relação à supercana e à criação de um novo unicórnio.

Agora, somente o tempo irá dizer se o antigo bilionário ainda possui o chamado toque de midas ou se mais uma vez será uma expectativa que não irá se realizar…

Qual a sua opinião?

Eike Batista criará novamente um negócio bilionário?

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