A ILHA DO SILÍCIO – COMO FLORIANÓPOLIS VIROU O VALE DO SILÍCIO BRASILEIRO

Agora é oficial.

O Brasil tem seu próprio Vale do Silício.

Ou melhor, a ‘’Ilha do Silício’’. O polo nacional de startups.

Pelo menos, agora é assim que a cidade de Florianópolis é conhecida. E reconhecida por uma lei que concede o título de capital nacional das startups para a ilha catarinense.

E nesse post, você vai entender porque Florianópolis é o Vale do Silício Brasileiro e como ela se tornou tão importante no cenário das startups.

A Capital Nacional das Startups

Esse é o título recebido pela cidade de Florianópolis, a partir da publicação da Lei Federal 14.955 de 2024, que em 2 de setembro desse ano reconheceu a cidade como polo nacional das startups.

As chamadas startups são empresas nascentes que desenvolvem modelos de negócios altamente replicáveis que concedem a elas crescimento exponencial em curto espaço de tempo. Tudo isso a partir de inovações e principalmente com o uso da tecnologia.

E agora, oficialmente, o Brasil tem a sua localidade que se assemelha ao berço mundial das startups – o Vale do Silício, nos Estados Unidos.

O Vale foi formado a partir de uma convergência de fatores, que foi desde a criação de empresas de tecnologia que usavam o silício como matéria prima para a fabricação de semicondutores, e se desenvolveu com a chegada do capital financeiro, o desenvolvimento das Universidades locais e a atração de algumas das mentes mais brilhantes do mundo. Como já foi contado detalhadamente em um vídeo no canal.

E esse movimento convergente é bastante semelhante na capital catarinense.

Com 676 startups, Florianópolis abriga diversos negócios que atuam nos mais diferentes setores, com destaques para a Resultados Digitais, atual RD Station; Conta Azul, Decora, PagueVeloz e muitas outras. E quando considerada a chamada Grande Florianópolis, o número salta para 782 startups.

Ao todo, essas startups geram mais de 50 mil empregos diretos e indiretos, que fomentam o ambiente de tecnologia e inovação.

No total são 7,4 negócios tech para cada mil habitantes, número superior a cidades como São Paulo e Curitiba.

E apesar de numericamente não ser a cidade com mais startups, ela é o local em que há a maior proporção de startups em relação ao número de habitantes – o que faz dela um polo que se desenvolve em torno desse tipo de negócio.

Mas como isso aconteceu?

Como Florianópolis se tornou o Vale do Silício brasileiro?

Para se explicar esse fenômeno é preciso analisar uma série de fatores convergentes. E há divergências sobre quem veio primeiro – o ovo ou a galinha.

De toda forma, a cidade historicamente possui uma forte cultura empreendedora que abraçou o investimento em tecnologia, já nas décadas de 80 e 90. Principalmente, com o surgimento de negócios na área como Digitro, Softplan, Cianet e muitas outras – como por exemplo a hoje gigante Intelbras.

Todas elas por si só já atraíram mão de obra qualificada para a cidade, e aos poucos moldaram também a demanda dos estudantes locais por cursos que preparassem para os cargos oferecidos pelas empresas florianopolitanas.

O que moldou um cenário com diferentes participantes, tanto do setor privado como do setor público; e que deu origem a organizações como a Associação Catarinense de Tecnologia, a ACATE e também o LabLink e o Sapiens Parque – iniciativas que estimulam o empreendedorismo e o desenvolvimento tecnologia.

Na mesma linha, as Universidades e instituições de ensino locais também têm papel preponderante nesse ecossistema. Tanto pela preparação de talentos locais para o setor de tecnologia, como também pela atração de estudantes de todo o país, que enxergam as instituições manezinhas como o lugar certo para aprenderem.

Assim se destacam os trabalhos das instituições públicas locais, em especial da UFSC – A Universidade Federal de Santa Catarina; da UDESC – A universidade do estado de Santa Catarina; e também o IFSC, o Instituto Federal de Santa Catarina. Que oferecem cursos nas áreas de engenharia, ciência da computação e tecnologia da informação.

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