ROMBO NA AMBEV? 30 BILHÕES EM DÍVIDAS NA CERVEJARIA?
A vida dos bilionários do Grupo 3G Capital não está fácil.
Depois dos problemas gerados pelo rombo bilionário nas Americanas, decorrente do que a empresa classificou como inconsistência tributária.
Dessa vez, outra empresa dos bilionários está no radar – a AMBEV.
A maior cervejaria do mundo está sendo acusada pela Associação Brasileira da Indústria da Cerveja, a CervBrasil de ter realizado o inflacionamento dos preços dos insumos necessários a produção de refrigerantes para se beneficiarem de incentivos e créditos fiscais, decorrentes da condição especial da Zona Franca de Manaus.
De acordo com a associação, a AMBEV teria feito uma manobra para pagar menos impostos, de tal forma que teria gerado uma dívida de 30 bilhões de reais junto à Receita Federal, que estaria contestando as ações da cervejaria.
A declaração foi feita depois de um estudo encomendado pela própria CervBrasil.
E a repercussão foi extremamente negativa, a ponto de gerar uma queda de 3.5% nas ações da empresa, no dia da publicação da notícia.
Em sua defesa, a AMBEV afirmou que as acusações não tem embasamento, e que a empresa é uma das 5 maiores pagadoras de impostos do país.
De toda forma, é preciso entender exatamente do que se trata a acusação.
Segundo os acusadores, o suposto débito é referente a questões tributárias envolvendo a produção na Zona Franca de Manaus. Ainda assim, de acordo com o economista André Paiva, da AC Consultores, ouvido por reportagem de O Antagonista, o suposto débito é referente não apenas à AMBEV, mas também a toda as empresas de bebidas que realizam suas atividades na região.
Vale lembrar que se de fato existe, o débito ainda estaria em discussão na esfera http://passoapassoempreendedor.com.br/wp-content/uploads/2023/01/wang-chuanfu.jpgistrativa, o que por sua vez ainda pode ser objeto de recursos tanto na própria esfera quanto na esfera judicial. Posto isto, ainda que se algum débito existir, ele somente será anunciado quando estiver líquido e certo após as apurações cabíveis. Ou seja, ainda há muita água para rolar.
De toda forma, ainda que o valor fosse de 30 bilhões de reais, a AMBEV possui valorização de mercado de 214,8 bilhões de reais e patrimônio líquido de 90,18 bilhões de reais.
Ou seja, o valor ainda que relevante, não representaria um problema tão grande tal como no caso das Lojas Americanas, cujo as dívidas anunciadas superam e muito o patrimônio líquido da empresa.
Sobre a questão, curiosamente, o Banco BTG Pactual, que está travando uma batalha judicial contra as Lojas Americanas, se manifestou sobre o assunto em reportagem da revista Veja.
“Os R$ 30 bilhões mencionados na matéria referem-se, na verdade, a estimativas da Receita Federal relativas a créditos tributários acumulados em disputas entre o fisco e as empresas de bebidas. A parte eventualmente relacionada à Ambev é indiscutivelmente muito menor”.
O banco também lembrou que a declaração da CervBrasil é corriqueira, uma vez que a empresa historicamente luta contra incentivos aferidos por grandes empresas como AMBEV e Coca-Cola.
Vale pontuar que a CervBrasil, representa as concorrentes Brassaria Ampolis, Cervejaria Lund, Krug Bier, Imperatriz, Bendicta e também o Grupo Petrópolis, fabricante das cervejas Petra e Itaipava e do energético TNT.
Na mesma linha, o banco Credit Suisse também não aferiu nenhum tipo de problema nesse sentido.
Ou seja, por enquanto, a acusação não deve significar problemas para a gigante, apesar de colocar mais desconfiança sobre Jorge Paulo Lemann e sua turma.
E para você, é apenas boato ou há mais problemas por vir?
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