Você sabia que já existem Bilionários com NFTs?
Os NFTs são uma verdadeira febre e já conquistaram até mesmo famosos como Neymar, Madonna e Justin Bieber.
Figurinhas, desenhos, certificados e até músicas são alguns dos exemplos dos chamados Tokens não fungíveis; arquivos singulares que tem sua autenticidade verificada através do uso da tecnologia de blockchain.
Ou seja, uma tecnologia que garante que o dono de um determinado NFT, e somente ele; terá a propriedade do arquivo atestada em toda a Internet. E que todas as demais réplicas não são autênticas.
Mesmo que existam cópias ou prints, somente o efetivo possuidor terá os direitos sobre a peça; o que pode abrir caminho para uma série de oportunidades e até novos mercados em um futuro bem próximo.
Imagine, por exemplo, se ao invés de ir a um cartório para autenticar um documento, você transformasse esse mesmo documento em um NFT?
Uma opção mais segura e muito mais prática. E que pode se tornar realidade em pouco tempo.
Ideia promissora que com certeza vai encontrar forte resistência. Afinal de contas, imagine quanto o Estado deixaria de arrecadar?
De toda forma, enquanto a tecnologia está se desenvolvendo e ganhando popularidade; muito se discute sobre o seu uso.
Será que vale a pena gastar milhões de dólares para ter uma imagem só sua?
Você teria coragem?
Atualmente milhares de pessoas discutem sobre a utilidade desse novo mercado.
Enquanto isso, algumas pessoas entendem o mercado como um verdadeiro comércio de arte; e estão transacionando milhões de dólares com seus ativos ou com suas criações.
Como é o caso do criador da coleção Bored Ape Yatch Club; responsável pelas figurinhas de macaco que são os exemplos mais populares desse novo mercado. E cujas unidades são comercializadas a partir de 300 mil dólares.
De toda forma, à medida que o mercado se aquece cada vez mais, existem alguns sujeitos que estão ganhando muito dinheiro enquanto pessoas compram e vendem esses artigos.
E assim como em um garimpo, enquanto muitos sonham com o ouro; aqueles que ficam com a maior fatia de dinheiro são os vendedores de picaretas e pás.
Sob essa ótica, os americanos Alex Attalah e Devin Finzer se tornaram os primeiros bilionários do mercado NFT.
Eles são os criadores da OpenSea; o maior marketplace de NFTs do planeta.
Na plataforma é possível comprar e vender NFTs de diferentes tipos; e toda a transação é assegurada pela tecnologia da empresa; que também opera através daquilo que é conhecido blockchain; através da rede da criptomoeda Ethereum.
Apesar do sucesso recente, a empreitada foi concebida em 2017, bem antes de o assunto NFT ser algo recorrente na mídia.
E tudo começou depois que os dois fundadores se conheceram no Y Combinator; no Vale do Silício; o mesmo local que foi berço da criação da Brex, a empreitada bilionária dos brasileiros Pedro Franceschi e Henrique Dubogras. (História que foi contada recentemente em nosso canal).
Anteriormente, Finzer, que também é o atual CEO da empresa, trabalhou como engenheiro de software da rede social Pinterest, e também teve uma startup que criou um mecanismo de busca; e que foi vendida pouco tempo antes.
Já Atallah, que se formou na universidade de Stanford, teve experiencias trabalhando em algumas startups do Vale do Silício.
Nos primeiros momentos, o projeto inicial dos dois era criar uma rede de pontos de wi-fi com pagamento via criptomoedas; mas após conhecerem um jogo NFT chamado CryptoKitties, eles decidiram focar no mercado que estava engatinhando.
E assim eles decidiram criar um marketplace aonde os tokens poderiam ser comprados e vendidos; com a oferta de artes, cartões esportivos e músicas.
Acelerada pelo próprio YCombinator; desde o início, a startup chamou a atenção de alguns dos investidores mais conhecidos do Vale do Silício, como o fundo Andreessen Horowitz que injetou 100 milhões de dólares para o crescimento do negócio.
Um caminhão de dinheiro que ajudou a criar os alicerces daquele que seria um grande negócio a partir de 2021, quando o mercado NFT explodiu em todo o mundo.
Curiosamente, o ponto de virada do mercado aconteceu em Março de 2020, depois que os gêmeos Winklevoss; aqueles mesmos que reivindicaram a ideia que deu origem ao Facebook; anunciaram a venda de alguns NFTs em sua corretora por valores milionários. Algo inimaginável até então. E que colocou o mercado como um todo em outro patamar.
O evento abriu os olhos do mercado, e fez com que o mundo conhecesse melhor sobre a tecnologia e as oportunidades que emergiram a partir dali; sendo assim um prato cheio para aqueles que estavam preparados para a colheita; os fundadores da Opensea.
Na plataforma, cada transação feita gera uma comissão de 2,5% para a empresa; o que garante uma renda milionária mensal para a empreitada.
A título de exemplo, em Dezembro de 2021 a empresa embolsou cerca de 82 milhões de dólares somente em comissões sobre as negociações; enquanto transacionou mais de 3 bilhões de dólares em operações com NFTs.
Em paralelo, só em 2021, o mercado NFT como um todo transacionou mais de 23 bilhões de dólares; e o mercado está apenas começando…
Um sucesso absoluto que chamou a atenção de outros investidores no final do ano passado; que colocaram ao todo mais de 420 milhões de dólares na empreitada; que promete um salto ainda maior nesse ano.
Com os aportes, o negócio atualmente está avaliado em 13,3 bilhões de dólares. O que confere aos fundadores o status de primeiros bilionários do mercado de NFTs.
Com 18,5% do negócio para cada um, tanto Finzer quanto Atallah hoje possuem uma fortuna de 2.2 bilhões de dólares, de acordo com a Revista Forbes.
Contudo, a vida da Opensea pode ficar mais complicada daqui pra frente; uma vez que corretoras de cripto ativos como a Coinbase, já anunciaram que criarão soluções concorrentes nos próximos meses.
Será que o reino da OpenSea está realmente ameaçado?
Será que o mercado NFT está apenas começando ou é apenas uma moda?
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