ELE É O BILIONÁRIO COFUNDADOR DO TWITTER – A HISTÓRIA DE JACK DORSEY

Jack Dorsey é um dos empreendedores mais influentes do mundo. Cocriador do Twitter e fundador do Square, ele é responsável por soluções que fazem parte da vida de milhões de pessoas, e por conta disso sua vida é motivo de grande curiosidade.

Jack Patrick Dorsey nasceu em St Louis, Missouri, EUA em 19 de Novembro de 1976. Desde a adolescência, ele se encantou por computadores. A máquina lhe revelou um novo mundo, que parecia ser cheio de liberdade para ele.

Com uma infância marcada pela gagueira, Jack se mantinha em silêncio na maior parte do tempo durante os seus primeiros anos.  Porém, ele aprendeu a se expressar bem na língua dos computadores e desde jovem aprendeu Programação em clubes de informática que aconteciam em sua escola.

Através da programação ele passou a dar vida digital a boa parte de seus sonhos e gostos. Grande fã das cidades e dos mapas, ele começou a arquitetar soluções que poderiam ser usadas no mundo real.

Ainda na adolescência, ele programou uma solução que era capaz de realizar o despacho de um táxi, algo muito parecido com as soluções que temos hoje em dia, através dos aplicativos de celular. Esse sistema criado por ele foi o embrião de um sistema de táxi que existe até hoje na cidade.

Na mesma época ele conseguiu um trabalho de verão em uma empresa de publicidade. E em poucos dias passou de uma espécie de estagiário para líder da equipe de programadores da empresa.

Ao deixar a Escola ele foi se aventurar na Universidade de Ciência de Tecnologia do Missouri, mas dois anos depois se mudou para Nova York, largando de vez os estudos; desde criança, a cidade que nunca dorme fascinava Jack por todos os seus atributos, desde a arquitetura, até a forma como as pessoas vivem na metrópole.

Por um tempo, ele também foi modelo fotográfico. Mas, o que de fato o movia era a sua paixão pela tecnologia.

Em Nova York ele foi contratado por uma empresa de mensagens SMS, mas antes de ser contratado pela empresa, ele hackeou o sistema interno da companhia, e enviou um e-mail para o Gerente da empresa, com recomendações sobre como resolver o problema que ele mesmo tinha criado.

A ousadia chamou a atenção dos funcionários da empresa, e ele acabou contratado.

Pouco tempo depois, a empresa também se aventurou em soluções que ofereciam sistemas para táxi e corpo de bombeiros; mas antes que os planos da empresa ganhassem o mundo, a companhia teve um enorme prejuízo por conta da Bolha das empresas ponto-com; que aconteceu na virada do século.

Sem verba, a empresa optou por demitir Dorsey. Desempregado, ele teve que aceitar diferentes trabalhos eventuais, e num período de 5 anos, ele sobreviveu fazendo bicos. Ele até mesmo cursou uma formação para massagista terapêutico, mas não chegou a exercer a função.

Posteriormente, com uma tranquilização do mercado de tecnologia, Dorsey conseguiu uma oportunidade em uma empresa no Vale do Silício, a Odeo Company, especializada em fomento de startups.

A empresa era dirigida por Evan Williams, um programador que anteriormente havia trabalhado com Sergey Brin, cofundador do Google.

Porém, após a contratação de Dorsey, a empresa começou a passar por dificuldades financeiras. E foi nesse momento que o próprio Jack criou uma solução que ajudaria a empresa a sair da crise. Um sistema de envio de mensagens SMS que poderia ser usado por várias pessoas e poderia conter até 140 caracteres por mensagem.

A ideia foi aceita por Williams, e os dois trabalharam juntos para escrever aquilo que se tornou uma solução de troca de mensagens que recebeu o nome de Twitter. O nome original da solução seria Status, mas o nome não era original.

Foi assim que após uma consulta ao dicionário, os empreendedores encontraram o nome Twitter, que na língua inglesa pode significar uma mensagem sem consequências, ou o pio de um pássaro.

Por conta disso, além do nome, a solução adotou um pássaro como seu símbolo, que recebeu a cor azul.

O sistema posteriormente evoluíra para uma espécie de microblog, inicialmente através das mensagens SMS, de celular para celular, em que as pessoas poderiam documentar suas jornadas, quase que como um diário. De maneira simples e direta.

A ideia veio de um hábito do próprio Dorsey, que desde a infância tem o hábito de anotar todas as suas ideias e projetos que lhe vem à cabeça.

Além de anotar tudo, ele gostaria de ter uma solução em que os amigos pudessem saber de suas ideias, mesmo estando longe. E diante disso o fato de usar a Internet para documentar tudo seria ideal.

Sob essa premissa, Jack e Evan conseguiram terminar o protótipo da ideia em cerca de duas semanas.

Dessa forma, surgia em 21 de Março de 2006, o Twitter. Criado primeiro para uso interno da empresa, a rede se tornou pública em Junho do mesmo ano.

No começo a ideia foi vista com grande ceticismo. Para a maioria das pessoas a plataforma era inútil. O próprio Evan Williams debochou do fato, ao dizer que a rede era como um sorvete, que na sua visão é saboroso e inútil.

Porém, além do ceticismo do mercado, apenas um mês depois da abertura ao público, a Odeo ficou sem dinheiro e não havia recursos para que a ideia pudesse manter uma estrutura com funcionários, ou sequer para se manter funcionando corretamente. E por conta disso, os fundadores deveriam tocar o barco por conta própria.

Sem recursos, Dorsey foi atrás de investidores para tornar a ideia efetivamente viável. Por sorte, em poucos dias ele recebeu uma proposta para um café da manhã.

O convite foi feito por Fred Wilson, um empreendedor que ofereceu um investimento inicial para a empresa com o valor de 500 mil dólares. O dinheiro seria usado para fazer o projeto se tornar uma rede social, tal como outras que já existiam na época como Friendster e My Space. Ao mesmo tempo, outra rede também dava seus primeiros passos, o Facebook.

Além do dinheiro, Wilson também traria para a empresa a sua expertise, se tornando consultor estratégico da empresa. Aportando o chamado Smart Money, que acontece quando o investidor concede sua expertise como empresário, além do dinheiro investido.

Enquanto a empresa conseguia conquistar mais e mais usuários, uma série de movimentos contribuiu para que o negócio estourasse de vez. Além de seu uso fácil e rápido, a rede ganhou capilaridade com a chegada dos Smartphones, como, por exemplo, o Iphone.

Dessa forma, em pouco tempo a rede deixou de usar o canal de SMS para se realizar exclusivamente por meio da Internet, totalmente sem custos para o usuário.

Essa peculiaridade tirou a barreira de entrada da rede e fez com que o Twitter ganhasse os celulares norte-americanos e também a adesão de milhares de jovens.

O sucesso meteórico, catapultado pelos smartphones, fez com que a rede se tornasse uma moda entre os jovens; o que fez com que a solução fosse usada para reproduzir mensagens e pensamentos de pessoas em todo de país acerca dos mais diferentes eventos. Por conta disso, eventos passaram a usar telões que reproduziam as mensagens compartilhadas na rede, o que fazia com que a exposição da rede se tornasse cada vez maior; fazendo com que os jovens americanos tivessem o desejo de entrar naquela rede que não parava de crescer. Em um boom em que todos queriam fazer parte.

O sucesso foi tão grande que em 2008 a rede atingiu 1 bilhão de mensagens. E na mesma proporção em que crescia em usuários, a rede também passou a receber volumosos aportes de capital advindos de diferentes investidores. Por conta disso, naquele ano, cerca de 2 anos depois de sua versão original, o Twitter já estava avaliado em 1.5 bilhão de dólares.

Nos anos seguintes, o crescimento da rede foi exponencial. Principalmente pois a ferramenta conquistou usuários em todo o mundo, se tornando um tipo bastante particular de rede social.

Por lá, as pessoas passaram a compartilhar as mais diversas informações. Se no começo a plataforma parecia ser apenas uma maneira das pessoas publicarem seus pensamentos mais fúteis; em poucos anos o Twitter abarcou os mais diferentes tipos de usuários, e se tornou também uma plataforma de notícias e informações.

Através dele foram documentos diversos eventos que se tornaram históricos, e a plataforma foi amplamente usada para divulgar fatos nos locais mais inóspitos, e em uma velocidade que nenhuma empresa de mídia tradicional conseguia, até então.

Esse fato ficou consumado principalmente durante os eventos da chamada Primavera Árabe, que consistiu em uma série de movimentos que aconteceram no Oriente Médio, e que impactaram fortemente a população local, que compartilhava todos os acontecimentos em tempo real através da rede.

Diante de todos esses elementos, o Twitter foi de uma rede considera inútil para uma das redes mais importantes do mundo, sendo um instrumento de informação usado por celebridades, autoridades e pessoas de todo o mundo.

Nos primeiros anos, o CEO da plataforma era Evan Williams, que deixou o cargo em 2010; sendo substituído por Dick Costollo. Posteriormente, Jack Dorsey assumiu o papel de CEO interino da companhia, sendo oficializado como mandatário em 2015, quando assumiu o cargo de CEO, o exercendo até hoje.

Jack é considerado um dos empreendedores mais ativos do momento. Além de ser muito talentoso, ele também é famoso por ter uma rotina extrema; e que inclusive já foi contada em nosso canal.

Além de muitos exercícios físicos e jejuns, ele também divide seu tempo entre o Twitter e sua outra empresa, o Square.

O Square é uma plataforma de pagamentos que faz o intermédio de operações via cartão de crédito utilizando o celular.

A ideia foi concebida por Jack em parceria com seu sócio Jim Mc Kelvey.

A solução possui uma estrutura digitalizada e começou oferecendo uma espécie de acessório que pode ser conectado no celular, direto na saída do fone de ouvido. Através desse acessório, o celular consegue ler qualquer cartão de crédito e realizar uma operação financeira tal como uma maquininha tradicional.

Desde a sua criação em 2011, a plataforma foi um sucesso e recebeu investimento de diversos empreendedores do Vale do Silício, e também do mandatário do Starbucks, Howard Schultz; que fez da cafeteria uma das maiores clientes da startup.

O Square foi desenhado desde sempre para ser uma iniciativa lucrativa e que monetizava sua solução através da intermediação de pagamentos.  E na prática, o sistema transforma qualquer smartphone em uma máquina de cartão.  Uma solução aparentemente simples, mas que envolve uma complexidade tecnológica gigante, mas que também gera muito lucro.

Atualmente, a empresa possui um faturamento anual de 3.9 bilhões de dólares.

Já o Twitter nasceu como uma rede que não era inicialmente monetizada, e enquanto muitas pessoas se perguntavam porque a rede não utilizava anúncios como o Facebook, por exemplo; Dorsey se justificava alegando que a rede não era apenas um lugar para passar o tempo; e sim uma rede de notícias.

Por conta desse compromisso, a plataforma teve dificuldades em obter uma receita genuína, o que levou, por exemplo, a uma oferta do Facebook, que planejava abocanhar o Twitter, devido a sua suposta fragilidade.

Ainda assim, a rede encontrou um caminho para a monetização a partir de um acordo com o Google e com a Microsoft, em que as postagens feitas na rede também ficam visíveis nos mecanismos de busca de cada uma das empresas citadas. E posteriormente, a rede cedeu a formas de publicidade, que podem ocorrer de diferentes formas dentro da rede.

Em 2013, o Twitter se tornou uma empresa pública com capital listado na Bolsa de Valores de Nova York. Atualmente estima-se que a solução tenha um valor de mercado superior a 28 bilhões de dólares. E há a expectativa de que a rede tenha ainda mais valor nos próximos anos, visto que ela se estabilizou como um meio de comunicação e informação em todo o mundo.

Por conta de todos os seus feitos, estima-se que a fortuna atual de Jack Dorsey seja de 7.6 bilhões de dólares, o que faz dele um dos homens mais ricos do mundo.

Ainda assim, apesar de sua fortuna ele continua trabalhando fortemente. Segundo ele, nos dias comuns ele trabalha cerca de 8 horas para o Twitter e outras 8 horas para o Square. E para atingir essa performance, ele se submete a uma rotina disciplinada e agressiva tanto em relação ao sono, como para com a alimentação e as distrações, que são totalmente eliminadas.

Sua quietude é tão grande que ele continua se mantendo calado na maioria do tempo, e nunca se casou ou teve filhos.

Além de empreendedor, Jack também é filantropo e tem ganhado notoriedade por realizar diversas doações para obras de caridade.

Ao que tudo indica, além de todos os seus feitos, ele promete trazer ainda mais inovações nos próximos anos. E acredita-se que nos próximos anos ele pode tornar a comunicação do mundo ainda mais interligada.

Por conta de todos estes feitos, a história do cofundador do Twitter é motivo de grande curiosidade, e é mais uma história de sucesso que merece ser contada em nosso canal.

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