A escola não nos prepara para o mundo real.
Vivemos em um mundo repleto de pessoas diferentes, cada uma com suas especificidades e peculiaridades, o que lhes faz únicas. Diariamente as pessoas mostram mais de si mesmas, perdendo o medo do julgamento da sociedade, reafirmando a idéia de que são seres únicos, e não mais um produto padronizado e sem expressão, limitados ao senso comum.
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Estabelecemos ícones, e admiramos aqueles que transcendem o trivial e nos trazem revolução, em suas palavras, idéias e atitudes. Pessoas que criam novas tendências, hábitos e impactam a vida de outras pessoas. Indivíduos ousados, e que não tem medo de sair do padrão. Pessoas como Bill Gates, Mark Zuckerberg e Steve Jobs.
Atualmente, não mais aceitamos qualquer coisa e sabemos que é possível ter aquilo que desejamos e que melhor preenche nossas necessidades. Com o advento da Internet e o avanço da Tecnologia, podemos consumir aquilo que realmente gostamos, e não mais aquilo que anteriormente nos era imposto. Não estamos mais limitados a seguir o padrão. Esse é o traço marcante da Era da Informação.
Entretanto, curiosamente, apesar de todo avanço tecnológico, e da revolução que tivemos em nosso cotidiano, ainda estamos condicionados a seguir um modelo educacional secular. Modelo este que não reflete as necessidades e a realidade do século XXI. Isto, pois é fruto da Era Industrial, na qual as pessoas possuíam pouco, ou talvez, nenhum controle de suas vidas, estando sempre condicionadas a seguir um roteiro.
Inseridos neste modelo obsoleto, aprendemos diariamente a seguir uma verdade única e absoluta. Aprendemos que para sermos respeitados, devemos ser temidos. E que um líder é a mesma coisa que um chefe: inflexível e dono da verdade.
Nesse mantra, crescemos escutando que devemos tirar boas notas em todas as disciplinas; passar nos melhores vestibulares; cursas os cursos mais concorridos; para posteriormente conseguirmos um emprego seguro, com benefícios, e, de preferência, público. E, que, a partir disso, devemos trabalhar rigorosamente as horas de trabalho, cinco dias por semana, para somente termos ‘’vida’’ aos finais de semana. Tudo isso, para colher os frutos de uma aposentadoria, cumprindo assim nosso papel.
Porém, paradoxalmente reverenciamos e estudamos os casos de pessoas que entenderam que esse modelo escolar não reflete as necessidades reais de todo estudante, e que apenas se adéqua àqueles que estão dispostos a seguir um padrão, e que estão sempre julgando as pessoas pela habilidade de se manterem dentro de uma média.
Dessa forma, o modelo atual cria pessoas que se satisfazem com a mediocridade, e acreditam que o caminho correto é APENAS aquele que lhes é apresentado na Escola, deixando para trás sonhos e desejos, simplesmente por terem sido ensinados que existe apenas um caminho para a felicidade e o sucesso.
Por esta razão, devemos repensar o modo como estamos educando as nossas gerações. Pois, infelizmente, o modelo atual irá continuar gerando pessoas com as mesmas características que já possuímos atualmente, e que tem se mostrando ineficiente, já que vivemos em um país com graves problemas de desigualdade.
Estamos passando por um momento de grande crise. Uma crise que abarca não somente a economia, mas que também se discute a moralidade e a honestidade de nossa população. Muito se questiona sobre os rumos do país, mas estamos sempre repetindo opiniões com pouco fundamento, desconhecendo conceitos, pois fomos educados para enxergar apenas um lado do prisma.
Nesse escopo, desenha-se a oportunidade de começar a pensar diferente, com o intuito de gerar pessoas diferentes. Pessoas que irão, de verdade, causar uma revolução em nossa sociedade, independente de convicções políticas, ou de limitar tudo a dinheiro.
Somente alterando a forma como estamos sendo educados é que poderemos ter um futuro melhor. Caso contrário, continuaremos a enfrentar os mesmos problemas. Conforme extremamente bem definiu Albert Einstein: Insanidade é continuar fazendo as MESMAS coisas e esperar resultados DIFERENTES.
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