ELES CRIARAM UM NEGÓCIO BILIONÁRIO – A HISTÓRIA DE PEDRO FRANCESCHI E HENRIQUE DUBOGRAS – DA BREX

Você já ouviu falar dos bilionários Pedro Franceschi e Henrique Dubugras? Eles são os fundadores da startup Brex

O Brasil acaba de ganhar 2 novos bilionários no Ranking da Revista Forbes.

Com apenas 25 e 26 anos respectivamente, Pedro Franceschi e Henrique Dubugras são os novos representantes do país na famosa lista.

Os dois são fundadores da Brex. Uma startup de cartões de crédito que conquistou os Estados Unidos e atingiu uma valorização de 12,3 bilhões de dólares.

E apesar da pouca idade, os dois já tem um longo e bem sucedido histórico como empreendedores.

Antes de se conhecerem, ambos aprenderam programação por conta própria ainda no início da adolescência.

No caso de Henrique, o objetivo era jogar um jogo online de forma gratuita.

Já no caso de Pedro, a diversão era desbloquear as primeiras versões do iPhone.

Peripécias que renderam aos 2, notificações extrajudiciais das empresas internacionais por quebra de patente. Um problema enorme, mas que mostrava que os 2 já tinham habilidade para chamar a atenção de grandes players.

Especialmente para Pedro. 

Afinal de contas, quantos adolescentes são notificados pela Apple?

Mas, por bem, as habilidades dos dois foram usadas de forma adequada e dentro da lei; e o gosto pela computação fez com que eles se conhecessem através do Twitter, em 2012.

Na ocasião, uma discussão sobre qual era o melhor editor de texto foi a fagulha para que surgisse uma amizade; que se intensificou pela própria Internet, em vários bate papos pelo Skype.

PRIMEIRO GRANDE EMPREENDIMENTO

Assim, foi gerada uma sinergia entre os dois que rendeu pouco tempo depois uma empreitada em comum; que deu origem a Pagar.me; uma empresa de pagamentos que surgiu em 2013, com o objetivo de facilitar os pagamentos para negócios físicos, através de um sistema moderno e rápido; que ajudava os comerciantes a venderem mais, especialmente em espaços com muitas pessoas.

A iniciativa não era a primeira tentativa dos jovens prodígios, que tentaram criar outras startups antes; mas que não tiveram sucesso. E mostrava que mesmo antes de completarem a maioridade os dois já eram capazes de fazerem a diferença no mundo.

E a solução de pagamento logo chamou a atenção de investidores como André Street, o fundador da Stone, que foi uma espécie de mentor para os meninos; que transformaram a startup em um negócio que empregava mais de 150 pessoas; após apenas 3 anos.

Fator que fez com que em 2016, o próprio André formalizasse a compra integral da Pagar.me; que passou a fazer parte do Grupo StoneCo; uma das fintechs mais bem sucedidas do Brasil.

A operação não teve o valor revelado ao público, mas estima-se que a venda proporcionou um retorno milionário para cada um dos garotos.

UNIVERSIDADE NOS ESTADOS UNIDOS

Fora da empresa que criaram, os dois decidiram fazer Faculdade nos Estados Unidos; mais precisamente na Universidade de Stanford, após serem agraciados com bolsas da Fundação Estudar, do bilionário Jorge Paulo Lehmann.

Contudo, os meninos não se adaptaram ao mundo acadêmico, e deixaram a Universidade apenas 4 meses depois de lá ingressarem.

Uma atitude que os coloca no rol de outros empreendedores como Mark Zuckerberg e Bill Gates; que são conhecidos como Dropouts; ou seja, aqueles que ingressaram em Faculdades, mas deixaram o curso antes de o concluírem.

Só que se engana quem achou que os meninos ficariam com os burros na sombra.

EXPERIÊNCIA NO Y COMBINATOR

Em solo americano, eles passaram a frequentar o YCombinator; um centro de fomento ao empreendedorismo que já serviu de incubadora e aceleradora para diversas startups americanas. E uma espécie de celeiro, onde os dois brasileiros passaram a pesquisar e dar os primeiros passos para aquela que seria a nova empreitada da dupla.

Foi assim que eles identificaram que existia uma lacuna no mercado das próprias startups: A dificuldade dos negócios junto aos bancos.

Um problema que trazia grande dor de cabeça para que os negócios nascentes tivessem contas-correntes e também acesso a crédito; tudo pelo simples fato de que a burocracia dos bancos era grande demais; e incompatível com a forma acelerada como cresce uma startup.

Foi assim que eles entenderam que poderia ser criada uma startup que conseguisse resolver algumas dessas carências.

Inicialmente, o objetivo era fornecer o serviço de conta corrente para startups americanas; uma carência grande, mas muito difícil para começar por ela.

NASCIMENTO DA BREX

Foi assim que eles entenderam que era mais fácil começar oferecendo um cartão de crédito simplificado; que é emitido em cinco horas de forma virtual; e que chega em forma física apenas 5 dias após a solicitação.

E ao contrário da burocracia dos bancos que pedem um relatório completo da vida das empresas para então emitir o cartão de crédito; isso, quando e se aprovado; a startup dos brasileiros analisa o histórico dos investidores do cliente, o fluxo de caixa e os padrões de gasto da startup que solicita o cartão de crédito.

Metodologia que traz agilidade e permite com que empresas nascentes tenham crédito o mais rápido possível; e em grande parte das vezes, com um limite até 10x maior do que em bancos convencionais.

Com esse grande diferencial surgiu a Brex; a plataforma de cartões de crédito para startups americanas que desde o início chamou a atenção de grandes investidores; como Peter Thiel e Max Levchin; dois dos criadores do Paypal.

Super capitalizada, a startup vem desde 2017 conquistando novos clientes, e novos investidores, que fizeram com que a empresa se tornasse um decacórnio; ou seja, uma empresa de valorização de mais de 10 bilhões de dólares.

Com milhares de clientes nos Estados Unidos, a empresa já emprega mais de 1000 pessoas.

Um grande sucesso, que atualmente além dos cartões de crédito, também oferece para as startups softwares de controle de despesas e para pagamento de contas comerciais. E que promete ainda mais para os próximos anos.

Feito gigante que faz com que os jovens brasileiros acumulem cada um uma fortuna de 1,5 bilhão de dólares. E pelo visto, parece que eles estão apenas começando…

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