A TÉCNICA QUE STEVE JOBS UTILIZAVA PARA TOMAR DECISÕES

Steve Jobs foi um dos maiores visionários de todos os tempos. E além de ser um ícone admirado por milhões, ele também é motivo de enorme curiosidade sobre seus hábitos e sua trajetória.

Famoso por sua cultura e capacidade de conectar assuntos diversos, Jobs foi responsável por popularizar o conceito de computador pessoal, e foi o maestro da criação de inovações que transformaram diferentes mercados.

Ele mesmo confidenciou que boa parte das inspirações dos produtos e campanhas da Apple surgiram da influência de personalidades como Bob Dylan, Pablo Picasso e filósofos gregos como Sócrates, Platão e Aristóteles.

E essas inspirações o ajudaram a tomar decisões acertadas que auxiliaram no crescimento da Apple; especialmente depois que o visionário retornou a empresa em 1997, salvando-a da crise que quase encerrou o negócio.

Algo bastante inusitado, já que aparentemente não há uma relação imediata entre artistas, músicos e filósofos com uma empresa de eletrônicos de alta tecnologia.

Porém, de onde vinha tal habilidade?

Como ele conseguia conectar diferentes influências a ponto de criar produtos revolucionários?

Como ele conseguia juntar ideias aparentemente antagônicas para criar discursos memoráveis?

Como ele conseguia reunir tudo e traduzir em decisões acertadas?

Segundo o site Inc.com a resposta é simples e vem de uma técnica que é explicada pela Neurociência, conhecida como Chunking.

Baseada na junção de informações, a técnica pode ser aplicada por qualquer pessoa; e consiste na reunião de memórias sobre diferentes temas, que são agrupadas pelo cérebro no que é chamado pelos cientistas de ‘’ Pedaços’’.

Esses pedaços são resultado de nossas experiências anteriores e são acumulados de acordo com o que vimos, sentimos e estudamos ao longo de nossas vidas.

Dessa forma, quanto mais nos expormos a situações novas, e novos aprendizados, maior vai ser o estoque destes pedaços em nossa mente.

Mas e como transformar esses pedaços em decisões qualificadas?

Segundo o autor Adam Grant, autor dos livros Dar e Receber e Originais, é possível aprimorar o chunking através da junção de três hábitos simples.

Primeiro: diante de um novo aprendizado, cada pessoa deve não só se ater ao que estudou, como também criar uma espécie de questionário consigo mesmo.

O ato de realizar perguntas para si próprio faz com que se aumente o armazenamento das informações pela mente e também ajuda o cérebro a localizar o conteúdo a partir de gatilhos e situações diferentes.

Segundo: Tão importante quanto o estudo individual é a oportunidade de também usar a dinâmica coletiva para ajudar na fixação do assunto. E por conta disso, o autor recomenda que cada pessoa também ensine a outras pessoas sobre aquilo o que estudou; já que o exercício verbal é importante não só para a memorização; mas também para que o indivíduo consiga descrever o que estudou com suas próprias palavras.

Por fim, aquele que é considerado um dos hábitos-chaves de Steve Jobs: A habilidade de conectar um novo aprendizado com algo que ele já sabia ou conhecia.  

Em seu famoso discurso na Universidade de Stanford, Jobs disse que a vida é um grande liga pontos em que ao olharmos para trás conseguimos identifica correlações entre as experiências que vivemos; e, um dos exemplos que ele utilizou foi o fato de conseguir correlacionar a criação de softwares da Apple, como o famoso sistema operacional de suas máquinas; com o fato de ter frequentado aulas de caligrafia durante o curto período que passou pela Universidade.

Segundo o Adam Grant, o chamado aprendizado associativo ajuda a trazer contextos e significados para as lições estudadas. E ao mesmo tempo, usar a comparação entre os elementos recém descobertos e aqueles que você já conhece ajuda a trazer esclarecimento.

Dessa forma, segundo a publicação, o fato de Steve Jobs ter tomado decisões acertadas ao longo de sua jornada, de forma a conectar espectros extremamente distintos como religião, ciência, filosofia, artes e tecnologia está diretamente ligado a essa técnica e qualquer pessoa pode também desenvolver essa habilidade através dos elementos citados e também de muita prática.

E, você? Qual desses hábitos de aprendizagem você já possui? Compartilhe conosco nos comentários.

Esse conteúdo foi baseado em uma reportagem da Pequenas Empresas, Grandes Negócios.

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