A HISTÓRIA DA ELMA CHIPS

Uma das marcas mais amadas do Brasil, a Elma Chips é responsável por sabores que marcaram a vida de milhões de brasileiros, e por conta disso, sua história é motivo de enorme curiosidade.

A empresa, apesar de ser criada especialmente para o Brasil, é uma mistura de várias companhias, duas locais e uma internacional.

Por aqui, tudo começou em 1958 quando nasceu a Elma Produtos Alimentícios, em Curitiba, no Paraná.

A empresa foi fundada por duas irmãs Elfriede Wagner e Maria Unger, descendentes de alemães, que decidiram produzir artesanalmente palitinhos crocantes cobertos com sal grosso, baseado no Pretzel salgado, uma espécie de pão alemão que é servido como aperitivo ou lanche

O salgadinho ganhou o nome de Stiksy, e era até então vendido em embalagens verdes.

O nome da empresa veio da junção do nome das fundadoras, que se uniram nas primeiras sílabas, EL e MA, formando a ELMA.

O salgadinho foi vendido de porta em porta, inicialmente para ajudar a pagar as contadas das casas das irmãs. Depois, com o sucesso de vendas e o boca-a-boca, o produto deu origem a uma Confeiteira, que recebeu o mesmo nome da empresa, e foi fundada em 1962.

Com o passar dos anos, a empresa cresceu e dominou o varejo de salgadinhos em sua região, o que chamou a atenção de uma multinacional, a Frito-Lay, que já era de propriedade da PepsiCo.

A Holding que é dona da Pepsi e de outras empresas alimentícias, como a rede KFC, decidiu introduzir seus produtos no mercado brasileiro, e para isso decidiu apostar na aquisição de fábricas locais que já tinham estrutura de distribuição e fabricação de produtos semelhantes.

Foi assim que a multinacional decidiu comprar a Elma e também a fábrica paulista American Potato Chips, dando origem a uma nova marca brasileira: a Elma Chips, em 1974.

A partir dessa união, a Frito Lay decidiu trazer para o Brasil alguns de seus sucessos.

A empresa americana foi fundada na cidade americana de San Antônio, no Texas, em 1932, ano em que os Estados Unidos viviam a Grande Depressão, e que as pessoas tinham pouco ou quase nenhum dinheiro para se alimentarem.

Nesse contexto, o empreendedor Charles Elmer Doolin fundou a Frito Company, depois que provou um salgadinho de milho em um pequeno café. Na ocasião, o salgadinho custava apenas 5 centavos de dólar. E por gostar tanto do produto, o futuro empresário decidiu comprar a receita por cerca de 100 dólares, em valores da época.

Além da receita, a oferta incluía a compra do maquinário necessário para sua produção, e uma carteira de 19 clientes.

O produto foi colocado para o mercado em geral com o nome de Fritos Brand Corn Chips. Até então, os salgadinhos eram feitos na casa de sua mãe e vendidos em saquinhos, com o preço unitário de 5 centavos de dólar.

No mesmo ano em que Charles Doolin avançava com sua empreitada, na cidade de Nashville, Tennessee, outro americano, Herman W. Lay, começou um negócio de venda de batata-frita, que era distribuída em seu carro. As batatas eram inicialmente fritas por uma empresa na cidade de Atlanta; mas cerca de 6 anos depois, Lay comprou a fábrica e renomeou o negócio para H.W. Lay and Company. Com a mudança do nome da fábrica, a batata ganhou marca própria e se tornou Lay’s; que em português pode ser traduzido livremente como em algo como ‘’Do Lay’’.

Em 1945, o destino colocou as duas empresas em contato e assim surgiu um contrato de parceria entre a Frito Company e a companhia de Lay, que garantiria a produção de salgados com a marca Fritos, no sudeste dos EUA.

Nos anos seguintes, a Frito Company comprou os direitos da marca Ruffles, e introduziu no mercado americano o Cheetos.

Na década de 60, as duas marcas realizaram uma fusão, dando origem a Frito-Lay, uma empresa que naquela época já concentrava 127 milhões de dólares em vendas.

O surgimento da gigante dos alimentos chamou a atenção de um conglomerado ainda maior, a PepsiCo, que decidiu comprar o negócio em 1965, quatro anos depois da fusão.

No momento da venda, a gigante já concentrava 150 centros de distribuição e 46 fábricas. E com a gestão da PepsiCo, esse número passou a aumentar constantemente, principalmente pois na época a Pepsi já era vendida em mais de 100 países.

Nas décadas seguintes, além da expansão, a empresa introduziu novos produtos como o Doritos.

Por aqui, após a PepsiCo criar a Elma-Chips, a nova empresa brasileira ganhou novos produtos. O primeiro deles foi o Baconzitos, que é feito de trigo e é uma joia nacional da empresa.

Em 1976 foi introduzido o salgadinho Cheetos no mercado brasileiro. No mesmo ano, o Stiksy ganhou nova roupagem. O salgadinho é vendido até hoje e é o mais longevo da companhia brasileira.

Em 1978 foi a vez da chegada do Cebolitos. E em 83 veio o Fandangos.

Em 86 chegou a batata Ruffles, o Doritos e o Pingo D’Ouro. No mesmo ano, também veio um novo produto, diferente dos demais O Ovinho de Amendoim.

Nas décadas seguintes, a empresa decidiu apostar não só em um leque vasto de produtos com diferentes sabores, mas também passou a introduzir brindes dentro dos pacotes dos salgadinhos.

Foi assim que em 1997 nasceram os Tazos, um pequeno disco colecionável que se tornou mania, principalmente entre crianças e adolescentes. O produto ajudou a alavancar as vendas dos salgadinhos, mas gerou questionamento sobre uma suposta venda casada, já que em alguns casos as crianças pediam os produtos apenas para conseguirem mais um colecionável.

No final da década de 90, a empresa passou a sofrer com questionamentos acerca do papel dos salgadinhos, que são itens relativamente baratos, na saúde dos brasileiros. Foi assim que a empresa assumiu o compromisso de diminuir a porcentagem de gordura de seus alimentos; eliminando também a famigerada gordura trans de suas receitas.

Em 2004, a empresa continuou apostando em novos produtos, e lançou a série Sensações, que contém diversos sabores de batatas saborizadas, inspirados em petiscos de bar, como frango a passarinho, por exemplo. A ação foi a maior já feita pela marca, e o produto existe até hoje.

Em alguns momentos a marca também apostou na linha Sensações com receitas assadas e não fritas, perfazendo a linha Sensações ao Forno.

Eventualmente, a marca também apostou em outras matérias primas além do milho e da batata. E assim, a marca tentou criar linhas usando raízes brasileiras como o inhame e a mandioca, por exemplo.

Preocupada com a concorrência da Pringles, que possui um formato e gosto próprios, a Elma Chips criou uma linha de batatas que ocupa uma faixa de preço mais alta, lançada para concorrer com a concorrente que é líder mundial nesse nicho. Dessa maneira, foi lançada a linha Stax, que existe até hoje, e é comercializada internacionalmente pela matriz.

Ao longo dos anos, a Elma Chips tentou estabelecer a sua joia da coroa no mercado brasileiro, a Lay’s; porém, a batata que é apresentada em várias versões, não teve o mesmo sucesso que a irmã Ruffles, que agradou mais o paladar brasileiro.

Além de dominar o mercado de salgadinhos, tanto em uma faixa média de preço, quanto em uma faixa considerada premium; a Elma Chips passou a dominar em 2007 também a faixa mais baixa de salgadinhos, ao adquirir a Lucky, fabricante dos salgadinhos Fofura e Torcida.

Recentemente, a empresa também aumentou seu leque, ao lançar uma linha de pipocas para microondas, que são condimentadas com sabores dos salgadinhos da marca, como o CHEETOS.

Por conta de todos estes feitos, a Elma Chips é hoje líder absoluta no mercado de salgadinhos, dominando de a indústria nacional de ponta a ponta.

Estima-se que a marca hoje tenha um faturamento superior a 1.3 bilhão de reais. Além disso, a empresa possui mais de 5 mil funcionários.

Em meio a esses números expressivos, a marca também conquistou o carinho dos brasileiros e por conta disso a sua história é motivo de enorme curiosidade, e faz com que sua trajetória seja mais uma história de sucesso contata em nosso canal.

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